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Afinal, o solitário tubarão-branco também gosta de escolher com quem anda

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kenbondy / Flickr

Carcharodon carcharias, conhecido pelo nome comum de tubarão-branco

Investigadores descobriram, através de uma análise nas Neptune Islands, na Austrália, que os tubarões-brancos podem formar comunidades. 

Geralmente, o Carcharodon carcharias, conhecido pelo nome comum de tubarão-branco, é visto como um animal solitário. No entanto, quando se reúne com outros da sua espécie, passa mais tempo com certos indivíduos do que outros.

Segundo o IFLScience, Charlie Huveneers, professor associado da Universidade Flinders, na Austrália, fotografou 282 tubarões-brancos nas Neptune Islands, um local conhecido no país pela relativa facilidade em ver este animal.

O investigador observou a proximidade entre eles, durante um período de quatro anos e meio, relatando que certos tubarões eram frequentemente vistos no mesmo local, no mesmo dia, mesmo com anos de diferença.

“Em vez de estarem apenas ali aleatoriamente, os tubarões formaram quatro comunidades distintas, o que mostrou que alguns eram mais propensos a usar aquele lugar de forma simultânea do que o esperado por acaso”, afirmou Stephan Leu, investigador da Universidade Macquarie, também na Austrália, e um dos autores do estudo publicado, este mês, na revista científica Behavioral Ecology and Sociobiology.

“Os tubarões em geral, e os tubarões brancos em particular, não são conhecidos por formarem laços no significado geral da palavra”, explica Huveneers ao mesmo site. Ao contrário das orcas ou dos golfinhos, não há evidências de que estes animais se juntem para caçar as suas presas.

O investigador deixa claro que estas associações são ainda muito prematuras, e podem não estar relacionadas com uma preferência por determinados companheiros. Em vez disso, se determinadas condições ambientais atraírem certos indivíduos, enquanto outros são atraídos para outros lugares, surgirão associações aparentes. No entanto, ainda não se sabe quais são essas preferências.

No entanto, Huveneers não deixa de achar que estas observações são surpreendentes, até porque cada vez mais se veem “associações não aleatórias em várias espécies, incluindo os Negaprion brevirostris e os Scyliorhinus canicula“.

Este ano, cientistas também identificaram que as manta rays, que já foram consideradas criaturas solitárias, formam relações sociais.

ZAP //

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