A Grécia pediu à União Europeia um novo acordo de financiamento a dois anos para salvar o país da crise, anunciou o gabinete do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.
Num documento dirigido ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira, o governo grego afirma que “continua à mesa das negociações” e “propôs hoje um acordo de dois anos” para cobrir as suas necessidades de financiamento.
A proposta surge horas antes do fim do prazo para a Grécia reembolsar o Fundo Monetário Internacional (FMI) em quase 1.600 milhões de euros.
Alexis Tsipras iniciou esta terça-feira uma série de consultas de última hora com alguns líderes europeus e da Comissão Europeia (CE) na procura de uma solução para o bloqueio das negociações.
Fontes governamentais disseram que Tsipras falou com o presidente da CE, Jean-Claude Juncker, com o governador do Banco Central Europeu, Mario Draghi, e com o presidente do parlamento Martin Schulz, sem darem pormenores sobre o conteúdo das conversas.
Segundo os media locais, o executivo grego mantém a “linha aberta” com a CE e fontes governamentais citadas falam de um dia “muito interessante”.
Tsipras cancelou um encontro com organizações patronais marcado para hoje de manhã e o porta-voz do governo, Gavriil Sakelarides, uma conferência de imprensa programada para o meio-dia.
O diário económico Naftemporiki assegura que Tsipras exige que um eventual acordo contenha um compromisso claro sobre a dívida para aceitar a última proposta apresentada na segunda-feira à noite por Juncker.
/Lusa
O que vem da Grécia invariavelmente é vago ou incongroente quanto a números – irrealistas – o que tem levado largos sectores da sociedade grega a acreditar que o bloco de esquerda, os ‘yuppies’ de lá, têem uma “agenda secreta” com consequências imprevisíveis para os 17 estados e sobretudo para o povo grego.