O Presidente dos EUA assinou, na quarta-feira, uma Ordem Executiva que permite resolver temporariamente o problema das famílias migrantes, que foram separadas dos filhos na fronteira com o México. No entanto, ressalvou que a política de migração é para continuar.
A medida da “Tolerância Zero” à entrada de pessoas no país sem autorização legal foi instituída no início deste ano e, desde então, causou fortes críticas por todo o mundo.
“Não gostaria de ver famílias separadas“, disse o Presidente dos Estados Unidos depois de assinar o documento, de acordo com a Euronews.
A ordem executiva em causa impede a separação de pais e filhos, permitindo que sejam mantidos juntos em centros de detenção após terem tentado entrar ilegalmente no país. No entanto, não ficou claro por quanto tempo as crianças poderão ficar presas.
“Trata-se de manter as famílias juntas, ao mesmo tempo que mantemos uma lei forte,” continuou o presidente dos EUA, recordando também que a Ordem Executiva assinada não significa o fim da política de Tolerância Zero.
“Queremos manter as famílias juntas, é algo muito importante. Mas temos que ser duros se queremos defender o nosso país de certas pessoas, do crime e de todas estas coisas que não queremos que existam aqui”, argumentou.
Numa reunião com senadores na Casa Branca, Trump antecipou a sua decisão e afirmou que a ordem será “algo preventivo até certo ponto”, notando ainda que o Congresso acabará por aprovar uma legislação sobre o tema, segundo o Deutsche Welle.
A medida, que desde de logo se mostrou impopular mesmo no seio do Partido Republicano, já separou cerca de duas mil crianças que foram retiradas às famílias desde que foi implementada. Vários setores da sociedade americana se mostraram contra, desde congregações cristãs até figuras públicas, atores e apresentadores de televisão.
Os menores estavam colocados em celas, que podiam ter 20 ou mais crianças, com garrafas de água, pacotes de batatas fritas e grandes folhas de papel utilizadas como cobertores. Foram ainda registadas gravações com as crianças a chorar, pedindo para voltar para junto dos seus pais.
O controlo da migração foi uma das bandeiras mais fortes da campanha de Donald Trump, pelo Partido Republicano.
Se as pessoas são “todas iguais” porque é que nos países dominados por latinos e africanos é só crime fome e miséria? Porque é que o México, por exemplo, não é tão rico como os EUA? Na África e nos países sul-americanos só sabem fazer filhos para mandar para a Europa e para os EUA.