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Trump publicou 1000 tweets em 6 meses (e mentiu em mais de 800)

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Desde que assumiu o cargo, há seis meses, o presidente dos Estados Unidos, publicou cerca de 1000 posts no seu perfil na rede social Twitter, e, segundo estimativas divulgadas pela imprensa norte-americana, fez 836 afirmações falsas ou enganosas nesse período.

De acordo com o site especializado em tecnologia Mashable, desde o dia 20 de janeiro deste ano, data em que tomou posse, Donald Trump manifestou-se na sua rede social preferida em 1002 ocasiões – 45% menos do que nos seis meses anteriores à sua posse.

Se for considerado o período entre o dia 16 de junho de 2015, data em que anunciou a sua candidatura à presidência, e a data em que completou os meses ao comando da Casa Branca, Trump publicou 9.146 comentários no Twitter.

A contagem na rede social também foi assinalada pela cadeia de televisão CNN, que contou um número ligeiramente inferior de mensagens. Em 181 dias, “o presidente Trump publicou 991 tweets, passou 40 dias nos seus campos de golfe e conseguiu a aprovação de zero projectos de lei de grande alcance“, disse a CNN.

“Alerta da CNN, bastante arrasador”, comentou Natasha Bertrand, repórter sénior do site de economia Business Insider.

Em junho, os principais assessores da Casa Branca aconselharam o presidente a reduzir o uso da plataforma, alertando que os tweets poderiam criar situações embaraçosas. Segundo o Mashable, se Trump mantiver o ritmo de publicações, escreverá mais de 8 mil mensagens até ao final do seu mandato.

Pouco depois da vitória nas eleições sobre a democrata Hillary Clinton, Trump prometeu que seria mais comedido no Twitter quando assumisse o cargo. “Vou ser muito moderado. Se o usar, serei muito comedido“, afirmou em entrevista em novembro de 2016.

Esta sexta-feira, o The Washington Post publicou a lista completa das mentiras ditas por Donald Trump na rede social desde que chegou ao poder. Na sua contagem, o jornal afirma que, nos últimos seis meses, Donald Trump mentiu ou proferiu afirmações enganosas em 836 ocasiões – o que dá uma média de 4,6 mentiras por dia.

(ce) The Washington Post

Fact Checker do The Washington Post

“A declaração mais repetida de Trump, pronunciada 44 vezes com diversas variações, foi a afirmação de que o Obamacare está a morrer ou está ‘essencialmente morto’. Mas o Gabinete do Orçamento do Congresso, CBO, acaba de informar que espera que os preços se mantenham estáveis com o Obamacare no futuro próximo”, alega o jornal.

Em maio, o Washington Post criou o Fact Checker, uma base de dados digital de mentiras, na qual reúne as afirmações enganosas do presidente Trump – já que o “ritmo e o volume das declarações falsas ou erradas torna impossível acompanhá-las de outra forma“, explica o jornal.

ZAP // EFE

13 Comments

    • Caro leitor,
      Esta peça é baseada em trabalho do The Washington Post, que identificou as situações em que Donald Trump mentiu de forma comprovada e irrefutável, e publicou essas mentiras comprovadas numa base de dados que pode consultar aqui: Fact Checker
      Se pretender questionar a veracidade do trabalho do TWP, não lhe basta dizer que a peça é uma mentira. Tem que nos indicar, especificamente, qual ou quais das 836 mentiras de Trump não o são.

      • Mas porque essa atitude defensiva em todos os comentários? Nem disse nada de especial. É por isso que depois não acreditam em nada do que os media dizem.

      • “Se pretender questionar a veracidade do trabalho do TWP, não lhe basta dizer que a peça é uma mentira.”

        O que voces ganham com este tipo de respostas é questionar se continuo a estar subscrito ao Zap. Claramente o Zap tem uma agenda qualquer para estar tão defensivo.

      • Caro Emanuel,
        Efectivamente, talvez o seu comentário não tenha assim tanto de especial e a nossa reacção terá sido demasiado defensiva. As nossas desculpas. Mas não o fazemos “em todos os comentários”.
        Se subscreve o ZAP, terá já tido oportunidade de perceber que não temos nenhuma agenda política, ideológica, desportiva ou religiosa.
        A nossa única agenda é a da liberdade de expressão e de imprensa, que está mais ameaçada do que nunca nos nossos tempos – não por estarmos “proibidos de escrever” ou sermos censurados, mas, muito pior, por se ter generalizado o fenómeno das falsas notícias falsas, em que tudo é falso e é tantas vezes repetida a falsa falsidade que se torna mentira.
        A nossa agenda é a da nossa credibilidade enquanto orgão de informação. Aceitamos de bom grado a crítica dos nossos leitores, que nos ajudam a melhorar quando nos apontam os nossos erros. Quando erramos, erramos. Corrigimos, e agradecemos o reparo.
        O que não toleramos é a nova moda trauliteira do revisionismo, do negacionismo, do conspiracionismo, da distorção da realidade, da destruição da verdade sob a acusação de falsa mentira.
        Porque é isso que está em causa.

  1. Que parvoice . Amanhã arranjo 50 mil mentiras do jornal , faço umas manipulações de provas e o mesmo tem que provar que não as disse . Está tão exagerado o que se diz sobre o Presidente Trump que quem o faz começa a ter credibilidade ZERO !!!

    • Caro José,
      Permita-nos que lhe chamemos a atenção de quem quem começa a ter credibilidade zero é quem sustenta, contra todas as evidências, que quem está a mentir é o Mundo, e que o presidente Trump não mente.
      E se não acredita nos meios de comunicação, acredite então no próprio Donald Trump: veja o vídeo que publicamos no fim da peça, no qual Trump é recorrentemente chamado de mentiroso por… Donald Trump. Torna-se muito difícil sustentar que uma pessoa que recorrentemente diz uma coisa e o seu oposto, não está a mentir em uma das afirmações.

  2. A Zap considera-se o Mundo ? Entao quem lá pôs o Presidente Donald Trump foram marcianos ? E nunca ouviu falar em manipulação de imagens e textos ? Evidências ??? Permita que lhe diga que precisa de estudar e viver muito para me poder chamar à atenção .

    • Caro José,
      É opção sua considerar que as imagens que o Mundo (não o ZAP) lhe mostra são manipulações. Essa opção não o habilita a vir questionar a credibilidade do ZAP, coisa que muito lhe agradecemos que não faça.

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