O Presidente dos EUA apresentou, esta segunda-feira, um plano de luta contra os opiáceos que prevê, em particular, o recurso à pena de morte contra certos traficantes de droga.
No domingo, um responsável da Casa Branca já tinha apresentado as grandes linhas do plano que pretende recorrer à pena de morte contra traficantes de droga mas, esta segunda-feira, o Presidente dos Estados Unidos confirmou-o.
Naquela que foi a sua primeira visita a New Hampshire, um estado muito atingido pelo que designou de “flagelo”, Donald Trump defendeu a necessidade de leis mais duras. Os EUA “têm de ser mais duros no combate às drogas e ser mais dura é aplicar a pena de morte”, afirmou, citado pelo Diário de Notícias.
Relativamente à legislação, destaca-se a intenção de mudar certas formas de tratamento para reduzir o recurso aos opiáceos, um maior controlo sobre venda de medicamentos e a implantação de um sistema de controlo eletrónico para 90% das embalagens que entram no país por via marítima e aérea.
Além disso, escreve o jornal, o chefe de Estado anunciou a intenção de canalizar mais de seis mil milhões de dólares para iniciativas de prevenção e tratamento.
Definida como uma verdadeira crise de saúde pública nos EUA, o combate à dependência de opiáceos foi designada pelo Presidente como uma das suas prioridades. Em 2016, os EUA registaram cerca de 64 mil mortes por overdose, a maioria relacionada com opiáceos.
Segundo o jornal, no início do mês, num comício na Pensilvânia, Trump já tinha abordado a hipótese da pena de morte, considerando que “um traficante de droga mata duas mil, três mil, cinco mil pessoas durante a sua vida” e nunca é punido como um “assassino”.
Além disso, durante uma reunião na Casa Branca, o Presidente sublinhou que os países que recorriam à pena de morte contra os traficantes de droga “tinham muito menos problemas de droga” do que os EUA.
ZAP // Lusa