A ex-assessora de segurança nacional da Casa Branca, Fiona Hill, considera que a abordagem amigável do Presidente norte-americano Donald Trump a Vladimir Putin é parcialmente motivado pelo receio das ações do seu homólogo russo.
Segundo noticiou o News Week, Fiona Hill – que testemunhou nas audiências de ‘impeachment’ sobre a política de Trump na Ucrânia – indicou, durante uma entrevista ao programa 60 Minutes, da CBS News, que o Presidente norte-americano “acredita que Putin não gosta de ser insultado”.
“Putin leva isso para o lado pessoal. Guarda rancor. Não esquece. E encontrará alguma forma de obter vingança”, referiu.
De acordo com o News Week, alegados vínculos impróprios com Putin prejudicaram o tempo do Presidente norte-americano no cargo, com os críticos a apontarem para a investida russa nas eleições de 2016, as aparições de Trump ao lado do líder russo e as decisões controversas de política externa que parecem beneficiar o Kremlin.
Segundo Fiona Hill, essa é uma tática que Trump “utilizou também com outros líderes mundiais”, tendo sido criticado por tentar construir laços pessoais com ditadores, como Putin e o norte-coreano Kim Jong Un.
Enquanto isso, foram várias as ocasiões em que criticou os líderes dos aliados tradicionais dos EUA. Para Fiona Hill, Trump olha para os aliados norte-americanos “como se fossem colegas de trabalho”.
Trump “trouxe o mesmo estilo que aplicaria em discussões de negócios bastante duras. Acho que isso causou e causa algum dano a muitos dos nossos principais relacionamentos”, acrescentou a ex-assessora, que deixou o cargo em 2019.
Fiona Hill foi a principal consultora da Rússia na Casa Branca. Putin “tem toda a nossa classe política, cada um de nós, incluindo os media, exatamente onde quer”, alertou. Os norte-americanos estão “se a sentir-se vulneráveis, ele [Putin] nos deixa nervosos e questiona a legitimidade dos nossos próprios sistemas”, explicou.
O News Week apontou o facto de a Rússia tentar, ao longo do tempo, envolver-se nas eleições de várias nações democráticas, explorando as divisões sociais e apoiando candidatos divisores. Legisladores e autoridades de inteligência têm alertado que Moscovo planeia repetir os esforços de 2016 nas eleições de 2020.
“Os russos não inventaram divisões partidárias. Os russos não inventaram o racismo nos Estados Unidos”, disse Fiona Hill à CBS News. “Mas entendem muitas dessas divisões e sabem como explorá-las”, concluiu.
Típicas paneleirices e amerdicanices
Já se tinha percebido que o Trump, cobardolas como é, ao lado do Putin, até se borra todo…
Esta pode ser a razão pela qual, o Trump se mantém mansinho.
https://www.jn.pt/mundo/ha-uma-segunda-fonte-da-informacao-comprometedora-sobre-trump-5600401.html
Sim, também, mas o Trump tem mesmo medo do Putin e basta ver o seu comportamento quando está perto dele para se perceber isso.