Donald Trump tornou-se o primeiro ex-Presidente dos Estados Unidos (EUA) a responder na Justiça por uma acusação criminal. Noutros países, no entanto, muitos antigos chefes de Estado e ex-primeiros-ministros estiveram no banco dos réus – e, às vezes, até atrás das grades.
A lista de países com histórico de ex-líderes que foram presos inclui o Brasil. Antes de seu atual mandato, Lula da Silva passou 580 dias preso e ficou impedido de disputar a eleição presidencial de 2018. Em 2021, teve as suas condenações na operação Lava Jato anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Mas há outros outros países onde ex-governantes viraram réus. Um desses casos aconteceu em Itália, com Silvio Berlusconi. Primeiro-ministro da Itália por quatro mandatos, já enfrentou vários processos criminais e já afirmou que é “o homem mais perseguido em toda a história do mundo”.
Em 2013, foi condenado por ter pago para ter relações sexuais com uma menor de idade. Após um recurso, foi inocentado. Os promotores do caso alegaram que testemunhas foram subornadas – acusação da qual o ex-primeiro-ministro foi novamente absolvido, em fevereiro deste ano.
Berlusconi cumpriu um ano de serviço comunitário por fraude fiscal em 2012 e foi condenado a um ano de prisão por quebra de confidencialidade, após conseguir que uma escuta policial de um dos seus rivais políticos fosse publicada no jornal. Acabou por não cumprir pena na prisão devido à sua idade.
Na Coreia do Sul há o caso de Park Geun-hye. Antes de ser perdoada, cumpria uma pena de 22 anos na prisão. Foi a primeira mulher Presidente da Coreia do Sul e a primeira pessoa eleita democraticamente para o cargo forçada a deixá-lo.
Sofreu um ‘impeachment’ em 2017 e, posteriormente, foi condenada por abuso de poder e coerção por conluio com um amigo próximo, Choi Tae-min, líder pseudocristão chamado de “o Rasputin coreano”.
Descobriu-se que Choi usou a sua conexão com Park para pressionar conglomerados por milhões de dólares em doações. No entanto, no final de 2021, Park foi perdoada pelo então Presidente Moon Jae-in e libertada da prisão.
Na França, temos o exemplo de Nicolas Sarkozy. O ex-Presidente francês foi condenado à prisão em 2021, quando recebeu uma sentença de três anos por tentar subornar um juiz. Dois dos anos de prisão foram suspensos durante o processo, e Sarkozy ainda não cumpriu a sua pena. O julgamento de recurso deve levar anos.
O ex-Presidente francês Jacques Chirac também foi considerado culpado por corrupção em 2011. A sentença de dois anos de prisão foi suspensa.
Na África do Sul, o ex-Presidente Jacob Zuma foi condenado a 15 meses de prisão depois que deixou de comparecer a um interrogatório sobre acusações de corrupção durante a sua presidência. Entregou-se à polícia e foi preso, após protestos violentos que levaram à morte de mais de 300 pessoas.
Zuma já havia enfrentado outras acusações de corrupção e fraude. Foi preso quando já tinha por volta de 70 anos por crimes que ocorreram enquanto foi Presidente, de 2009 a 2018.
Na Malásia, o ex-primeiro-ministro Najib Razak foi condenado a 12 anos de prisão no primeiro de vários processos sobre supostos esquemas multimilionários de corrupção dos quais é acusado de envolvimento. O escândalo sobre um fundo de investimento estatal revelou uma rede global de fraude e corrupção.
Razak nega todas as irregularidades e diz que foi enganado por consultores financeiros – em particular pelo empresário foragido Jho Low.
Declarou-se inocente dos crimes de quebra de confiança, lavagem de dinheiro e abuso de poder e, após ser condenado, apresentou recurso – rejeitado por um tribunal. Em agosto, iniciou a sua pena de prisão.
Em Israel, o ex-primeiro-ministro Ehud Olmert foi condenado a 2 anos e 3 meses de prisão por fraude. Foi solto no início de 2017. Desde então, retirou-se da política, mas foi considerado culpado de difamação em novembro do ano passado por comentários que fez sobre o atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Netanyahu, por sua vez, está atualmente a ser julgado por acusações de suborno, fraude e quebra de confiança.
Na Tailândia, a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra foi acusada de negligência por não ter evitado perdas excessivas e corrupção num esquema de subsídios ao arroz durante o seu mandato.
O governo de Shinawatra foi derrubado pelos militares em 2014 e a governante sofreu ‘impeachment’ devido ao seu papel no esquema do arroz. Em agosto de 2017, deixou o país secretamente, tendo sido condenada à revelia a cinco anos de prisão. É irmã do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que foi deposto pelos militares em 2006.
Na Bolívia, Jeanine Áñez cumpre uma sentença de 10 anos de prisão pelo que os promotores dizem ter sido um golpe para derrubar o seu antecessor, Evo Morales.
Morales renunciou e fugiu da Bolívia após o chefe do exército ter pedido que renunciasse, na sequência de protestos por alegações de fraude eleitoral em 2019. Áñez assumiu como Presidente interina.
Mas o partido de Morales ganhou novas eleições no ano seguinte, abrindo caminho para que regressasse da Argentina e assumisse a liderança do partido na Bolívia. O seu colega, Luis Arce, foi eleito Presidente.
ZAP // BBC News Brasil
Tudo não passa de uma grande jogada de Biden para afastar Trump pois Biden quer desencadear a terceira guerra mundial e Trump não. Assim como Biden quer continuar a alimentar os negócios da fraude Covid e Trump não. Só por estas razões Trump é bastante incómodo para Biden.