Tribunal emite mandado de captura para ex-primeira-ministra da Tailândia

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Yingluck Shinawatra, ex-primeira-ministra da Tailândia

A antiga primeira-ministra tailandesa esteve, esta sexta-feira, ausente da leitura da sentença, o que levou o tribunal a emitir um mandado de captura, anunciou o Supremo Tribunal da Tailândia.

“O advogado disse que Yingluck Shinawatra está doente e que pede para adiar a sentença (…) O tribunal não acredita que ela esteja doente (…) e decidiu emitir um mandado de captura”, disse o juiz de Cheep Chulamon.

O julgamento da ex-primeira-ministra da Tailândia, acusada de negligência, começou em janeiro de 2016 em Banguecoque.

Milhares de apoiantes de Shinawatra estavam concentrados no exterior do Supremo Tribunal, onde se encontravam também mais de quatro mil elementos das forças de segurança, indicou a agência France Presse.

O tribunal adiou a leitura da sentença, na sequência da ausência de Yingluck Shinawatra, que incorre numa pena de dez anos de prisão.

Entretanto, um alto responsável do partido a que pertence a antiga governante afirmou que Shinawatra abandonou o país para evitar um processo judicial. “Ela já não está cá, partiu na quarta-feira”, disse a fonte do Pue Thai, que pediu para não ser identificado.

Antes, a imprensa de Banguecoque noticiava que a ex-PM tinha abandonado o país, num voo com destino a Singapura, para evitar a sentença. Segundo o jornal Khaosod, a antiga chefe do governo encontra-se em Singapura na companhia do irmão mais velho que foi ministro e que já tinha abandonado a Tailândia em 2008 para evitar uma pena de dois anos de prisão.

Yingluck foi acusada de responsabilidade nas falhas de supervisão de um plano de ajudas alimentares (arroz) que, segundo a comissão anti-corrupção, causou prejuízos de 17.100 milhões de euros ao Estado, além de ter fomentado a corrupção. A ex-governante tem afirmado que está inocente e que está a ser “vítima” de um “jogo político”.

Yingluck venceu as eleições gerais de 2011, como líder de um dos partidos políticos fundados pelo irmão, Thaksin, tendo sido deposta poucos dias antes do golpe de Estado militar de maio de 2014, na sequência de uma polémica decisão do Tribunal Constitucional.

As plataformas políticas ligadas a Thaksin, deposto em 2006, tinha vencido todas as eleições desde 2001 graças ao apoio do eleitorado rural do nordeste, apesar da oposição ligadas aos setores monárquicos e militares do país.

A Tailândia enfrenta uma profunda crise política há mais de uma década, marcada por protestos anti-governamentais e períodos ditatoriais encabeçados pelo Exército.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Ah!!!!! Eu quero aplaudir!!!! Eles tambem “dão de frosques”. Oh abre, daqui me sirvo. Com licença quero passar, Ai que aqui eu não me sinto mesmo nada bem!!!!

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