Ao fim de vários audições, a Câmara dos Representantes decidiu formalmente acusar Donald Trump de abuso de poder e obstrução ao Congresso.
O presidente norte-americano, Donald Trump, vai ser formalmente acusado de abuso de poder e obstrução ao Congresso, anunciaram esta terça-feira os democratas da Câmara dos Representantes. Após várias audições, concluíram que Trump abusou do seu poder para pressionar a Ucrânia a investigar o filho de Joe Biden.
Jerry Nadler, chefe do Comité Judicial da Câmara, entende que as ações de Trump “comprometeram a segurança nacional e ameaçaram a integridade das eleições”. Além disso, defendeu a urgência de acusar formalmente o líder americano. “Ninguém está acima da lei, nem mesmo o Presidente dos Estados Unidos”, acrescentou.
Adam Schiff salientou ainda que a Casa Branca e os seus funcionários rejeitaram colaborar com as inquirições do Congresso.
A votação, que de acordo com a Rádio Renascença, deverá acontecer já na próxima semana, é o primeiro passo no processo de impeachment de Donald Trump. Ainda assim, não é suficiente para afastar o presidente norte-americano. Caso os democratas votem a favor, segue-se um debate e votação no senado, maioritariamente dominado por republicanos.
Em resposta à decisão conhecida esta terça-feira, Donald Trump divulgou um comunicado onde fala de um “teatro político” criado pelos democratas, por não terem “um candidato viável para 2020”.
A confirmar-se o impeachment no Congresso, Trump será apenas o terceiro presidente da história a estar envolvido neste processo — depois de Andrew Johnson e Bill Clinton. Ainda assim, é esperado que Trump seja absolvido no senado, onde o seu partido domina com a maioria dos deputados.
“Cabe-lhes a eles decidir se querem ser patriotas ou partidários”, alertou Nadler em relação à votação que eventualmente decorrerá no senado.
Democratas desesperados