Julien Warnand / EPA

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen
O Presidente norte-americano anunciou um aumento imediato para 125% das tarifas aos produtos chineses e a suspensão por 90 dias da aplicação das taxas a mais de 75 países, enquanto decorrem negociações comerciais. Esta manhã, UE também carregou no botão de pausa por 3 meses.
A União Europeia (UE) decidiu fazer uma pausa de 90 dias na introdução de taxas aduaneiras em resposta às adotadas por Washington para “dar tempo uma oportunidade à negociações”, anunciou a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
“Enquanto finalizamos a adoção das contramedidas da UE que receberam um forte apoio dos nossos Estados-membros, vamos colocá-las em espera durante 90 dias“, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
“Se as negociações não forem satisfatórias, as nossas contramedidas entrarão em ação”, garantiu em publicação no X. “Como já referi, todas as opções permanecem em cima da mesa, reiterou.
O porta-voz da Comissão Europeia para o Comércio Olof Gill reforçou, na habitual conferência de imprensa diária, que o executivo – que tutela a política comercial da UE – “carregou no botão de pausa para dar espaço às negociações”, referindo ainda que se estas não forem satisfatórias, as tarifas europeias entrarão em vigor.
Pausa para quem não retaliou
“Com base na falta de respeito que a China tem demonstrado para com os mercados mundiais, venho por este meio aumentar a tarifa cobrada à China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato”, escreveu esta quarta-feira Donald Trump na sua rede social Truth Social.
“Em alguma altura, esperemos que num futuro próximo, a China perceberá que os dias de roubo aos EUA e a outros países já não são sustentáveis ou aceitáveis”, sustentou o presidente norte-americano.
Por outro lado, Trump afirmou que “mais de 75 países chamaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos do Comércio e do Tesouro, para negociar uma solução para os assuntos que estão a ser discutidos em relação ao comércio, barreiras comerciais, tarifas, manipulação de moeda, e tarifas não monetárias”.
Para estes países, que, sob uma “forte sugestão” do Presidente norte-americano, não retaliaram “de qualquer forma ou feitio contra os Estados Unidos”, Trump autorizou uma pausa de 90 dias na aplicação das tarifas.
Nestes casos, Donald Trump anunciou a implementação imediata de “uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante este período, de 10%”.
Em relação à China, “com base na falta de respeito que mostrou em relação aos mercados mundiais, anuncio o aumento da tarifa cobrada à China pelos EUA para 125%, com efeitos imediatos”.
As tarifas norte-americanas para os produtos chineses já alcançavam os 104% e a China anunciou também hoje que ia aumentar as taxas de retaliação sobre os produtos norte-americanos para 84%, em vez dos 34% inicialmente previstos, numa nova escalada da guerra comercial entre Pequim e Washington.
A reversão parcial e temporária da aplicação de tarifas aduaneiras “recíprocas” a estes 75 países surge no dia em que entram em vigor as tarifas aplicadas a países visados com taxas mais elevadas, como é o caso da União Europeia — que anunciou esta quarta-feira tarifas de 25% sobre produtos dos EUA.
As taxas de 25% já previstas sobre os produtos importados dos EUA começam a entrar em vigor já na próxima terça feira, dia 15, anunciou a Comissão Europeia.
Wall Street dispara com anúncio
A bolsa nova-iorquina disparou hoje após o anúncio de Donald Trump. Pelas 19:12, o índice tecnológico Nasdaq apresentava uma valorização superior a 10%, com o Dow Jones a ganhar 6,73% e o S&P 500 a avançar 7,35%.
Estas subidas são um forte contraste com as descidas acentuadas da bolsa americana desde a semana passada, devido às tarifas anunciadas por Donald Trump.
Na Europa, Paris fechou hoje a retroceder 3,34%, Frankfurt 3%, Londres 2,92% e Madrid 2,22%, numa negociação que fechou antes deste anúncio.
ZAP // Lusa
Ah, então a China é que está a desrespeitar o mercado mundial!? E a roubar os americanos? Pobres USA, nem parece que são a economia mais forte do Mundo!Não aguentam a concorrência…
A criatura tinha alguma na manga, diz-se que foi manipular o mercado. Se formos ver na realidade só a China retaliou (retaliar não lhe ajuda na estratégia, imagine todos a fazerem), a UE até mencionou que tinha receio de aplicar taxa no bourbon (por cenas destas o Laranjicida disse que lhe andava a beijar o rabo). Estão até novamente a oferecer taxas zero que o Trump já disse que recusava. Quem sabe daqui a 3 meses ou menos deve repetir esta ou outra façanha e quem sabe a Marjorie e outros vendem tudo antes do anúncio para lucrarem antes da queda do mercado e compram após um tweet.
O Mundo está a ser governado por crianças!
O que nos irá acontecer?