O Presidente dos Estados Unidos adiou para data a determinar o comício de campanha eleitoral que estava programado para acontecer em Tulsa, Oklahoma, a 19 de junho, dia de celebração do fim da escravatura no país.
O adiamento do comício “por respeito pela data” e tudo o que ela representa foi anunciado, esta sexta-feira, pelo Presidente norte-americano no Twitter, sem detalhes adicionais, depois de o anúncio ter caído mal na cidade que foi palco de alguns dos piores distúrbios raciais da história do país.
“Não é um piscar de olho aos supremacistas brancos, é uma grande festa para eles”, tinha criticado a senadora Kamala Harris, instantes depois do anúncio do comício, na mesma rede social.
Os críticos de Trump consideram a escolha de Tulsa e daquela data como uma provocação, depois da morte do afro-americano George Floyd e das imensas manifestações contra o racismo e a violência policial que o acontecimento desencadeou.
Os responsáveis de campanha de Trump decidiram reatar os comícios eleitorais ao considerar que as grandes manifestações antirracismo provam que as pessoas não têm medo de grandes ajuntamentos e agendaram encontros para os Estados de Oklahoma, Florida, Arizona e Carolina do Norte, apesar de a pandemia de covid-19 estar longe de controlada.
Ainda assim, todos os participantes nos comícios devem assinar um documento a renunciar a todos os processos no caso de contraírem o vírus durante esses encontros, que são uma das formas de mobilização da sua base eleitoral favoritas de Donald Trump.
Os Estados Unidos registaram 839 mortos devido à covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total para 114.613 mil óbitos, segundo a contagem realizada pela Universidade Johns Hopkins.
De acordo com os números contabilizados diariamente pela universidade, até às 20h30 de quinta-feira (01h30 de hoje em Lisboa) os EUA registam 2.044.572 de casos de contágio. O país continua a registar cerca de 20 mil novos casos diariamente.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 423 mil mortos e infetou mais de 7,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
ZAP // Lusa