Tropas russas só terão munições, combustível e alimentos para três dias

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STR / EPA

O Ministério da Defesa ucraniano afirmou hoje que as forças russas têm apenas munições, combustível e alimentos suficientes para três dias.

“As forças de ocupação russas que operam na Ucrânia têm munições e reservas alimentares para não mais do que três dias”, situação “semelhante com o combustível, que é reabastecido por camiões-cisterna”, indicou a mesma fonte.

O Ministério da Defesa ucraniano adiantou que “não foram observadas alterações significativas na posição e natureza das ações das forças de defesa no último dia”.

Durante as últimas 24 horas, acrescentou, “mais de nove alvos aéreos inimigos foram atingidos”, indicando que se tratavam de um avião, seis veículos aéreos não tripulados (‘drones’) e dois helicópteros.

O Pentágono disse esta segunda-feira que os russos estão “atordoados” e “frustrados” com a resistência ucraniana e é por isso que estão a lançar mais bombardeamentos de longe contra alvos civis.

“Quando se vê o que conseguiram fazer em 26 dias, não é assim tão impressionante”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, citado pela CNN Portugal.

“Uma das razões por que os russos se têm sentido frustrados com os progressos que não fizeram é a resistência ucraniana. Mas também não os temos visto planear e executar corretamente a logística e a sustentabilidade”, acrescentou.

Kirby admitiu também que a Rússia estará com dificuldades para “alimentar as suas tropas”, como argumentado pelo Ministério da Defesa ucraniano.

“Eles ainda estão essencialmente parados fora de Kiev, fora de Kharkiv, fora de Chernihiv e tantos outros lugares que estão a intensificar aquilo a que nós no Pentágono chamamos incêndios de longo alcance, bombardeamentos de longe”, disse ainda o porta-voz do Pentágono.

Zelenskyy insiste em referendo e reunião com Putin

Volodymyr Zelenskyy disse, esta segunda-feira, que qualquer acordo com a Rússia terá de envolver um referendo à população.

Em entrevista ao jornal regional Suspilne, o Presidente ucraniano disse que tendo em conta mudanças que “podem ser históricas”, são os cidadãos que terão de “avaliar certos tipos de compromissos”.

Zelenskyy falou ainda sobre a eventual adesão à NATO, realçando que já percebeu a posição do Ocidente, que não quer a entrada da Ucrânia porque os Estados-membros “têm medo da Rússia”.

Segundo o Observador, ainda na mesma entrevista, o líder ucraniano insistiu num encontro “em qualquer formato” com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.

“Acredito que sem este encontro é impossível entender completamente que estão prontos para parar a guerra”, disse Zelenskyy.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. A quantidade de desinformação que é publicada por este editorial (e raramente corrigida) é algo do outro mundo

    Há que alimentar a fantasia perversa dos malucos que aqui andam

  2. É preciso ter-se um problema mental grave para achar que a Rússia está quase sem abastecimentos…

    Quanto à resistência ucraniana, é natural que ela seja superior à resistência iraquiana à invasão americana, o que não significa que a Rússia não esteja prestes a resolver o problema. Agora não tenho dúvidas de que se os americanos tivessem tido que enfrentar ucranianos no Iraque, provavelmente Sadam Hussein ainda seria presidente do Iraque…

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