Um novo estudo revela que o trilionário asteróide metálico Psyche se trata do remanescente de um núcleo planetário, que foi destruído durante a fase de acreção, o que fez com que o planeta nunca se tenha formado totalmente.
A nova modelagem computadorizada 2D e 3D dos impactos no asteróide Psyche, o maior asteróide do Cinturão Principal, indica que provavelmente é metálico e de composição porosa, algo como uma “pilha de escombros cósmica voadora”.
A modelagem de estruturas de impacto em Psyche contribui para a nossa compreensão dos corpos metálicos e a forma como os processos de cratera em grandes objetos de metal diferem daqueles em corpos rochosos e gelados.
A equipa de investigadores forneceu os primeiros modelos 3D da formação da maior cratera de impacto de Psyche. Este é o primeiro trabalho a usar modelos de cratera de impacto para indicar a composição do asteróide.
Os modelos 2D e 3D indicam um ângulo de impacto oblíquo onde um objeto de entrada teria atingido a superfície do asteróide, deformando Psyche de uma forma muito específica e previsível, dados os prováveis materiais envolvidos.
Os metais deformam-se de forma diferente de outros materiais de asteróides comuns, como silicatos, e os impactos em alvos de composição semelhante a Psyche devem resultar em crateras semelhantes às observadas neste asteróide.
Um vídeo de animação com o resultado da simulação da equipa mostra um cenário de impacto teórico que poderia ter levado à maior cratera de Psyche. A simulação mostra como algum material é ejetado no Espaço após o impacto e revela o estágio de modificação da cratera, onde a área de impacto mostra o material danificado resultante.
“A nossa capacidade de modelar o impacto através do estágio de modificação é essencial para entender como as crateras se formam em corpos metálicos”, disse a investigadora Wendy K. Caldwell, do Laboratório Nacional de Los Alamos, em comunicado. “Nos estágios iniciais da formação da cratera, o material alvo comporta-se como um fluido. No estágio de modificação, no entanto, a resistência do material alvo desempenha um papel fundamental em como o material que não é ejetado ‘se acomoda’ na cratera”.
Os resultados dos cientistas corroboram estimativas sobre as composições de Psyche com base em técnicas de medição observacional.
De particular interesse é o material que forneceu a melhor combinação, Monel. Monel é uma liga baseada no minério da cratera Sudbury, uma estrutura de impacto no Canadá. Acredita-se que o minério tenha vindo do impactador que formou a cratera, o que significa que é provável que o minério tenha origens extraterrestres. Os sucessos de modelagem com Monel demonstram que a composição do material de Psyche se comporta de forma semelhante em condições de choque com metais extraterrestres.
Segundo Caldwell, com base na provável velocidade de impacto, gravidade local e estimativas de densidade aparente, a formação da maior cratera de Psyche provavelmente foi dominada pela força em vez da gravidade.
“É incrível o que podemos realizar com os recursos do laboratório”, disse Caldwell. “Os nossos supercomputadores são alguns dos mais poderosos do mundo e, para grandes problemas como impactos de asteróides, realmente contamos com as nossas ferramentas de modelagem numérica para complementar os dados observacionais.”
Este estudo será publicado em novembro na revista científica Icarus.
Psyque foi o 16º objeto descoberto no cinturão de asteróides, por Annibale de Gasparis a 17 de março de 1852 em Nápoles e foi batizado em honra de Psiquê, a bela mortal por quem Eros se apaixonou na mitologia antiga. O seu diâmetro tem mais de 250 quilómetros e a sua massa é quase 1% de toda a massa existente na cintura de asteróides.
Em julho de 2017, a agência espacial norte-americana NASA anunciou que iria apressar os seus planos de visitar o valiosíssimo asteroide metálico. A sonda da NASA deve chegar ao asteróide quatro anos mais cedo do que o inicialmente previsto, graças à descoberta de uma trajetória mais eficiente que vai levá-la ao seu destino em 2026.
O Psyche é composto por metais pesados cujo valor se estima em 700 triliões de dólares – equivalente a 615 triliões de euros -, o que significa que poderia converter todos os habitantes da Terra em multimilionários.
Missão Psyche
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21 Dezembro, 2023 Um gato fofinho “viajou” 31 milhões de quilómetros no Espaço
Vai ser a nova corrida ao ‘ouro’. O novo Farwest, aliás Farspace, ou Spacewest, … whatever.
Bem visto! Eu quero a minha parte gringos!
As teorias Físico-filosóficas podem ser tão válidas como estas teorias hipotéticas, quando se trata de analisar o universo na sua complexidade!
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