A NASA acaba de antecipar a viagem ao 16 Psyche, o valiosíssimo asteróide feito quase inteiramente de níquel, para o verão de 2022.
Estima-se que o 16 Psyche contenha dez triliões de dólares em níquel e ferro. Se pudéssemos de algum modo retirar estes minerais do asteróide e trazê-los à Terra, a nossa economia global comparativamente ínfima de 78 biliões de dólares provavelmente desmoronar-se-ia.
Felizmente para a estabilidade económica do nosso planeta, a NASA só planeia observar o trilionário asteróide.
“É um objeto muito estranho”, resume Lindy Elkins-Tanton, cientista principal da missão da NASA e diretora da Escola de Exploração da Terra e do Espaço da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos.
“Mesmo que pudéssemos recolher uma grande peça de metal e arrastá-la para cá, o que iríamos fazer?”, questiona a cientista.
“Ficar com ele, escondê-lo e controlar o recurso a nível global – assim como os diamantes são controlados de forma corporativa – e proteger o mercado? Ou trazê-lo para cá para resolver os problemas de recursos de metal da Humanidade para sempre? Isso é pura especulação, como é óbvio”, diz Elkins-Tanton.
O 16 Psyche, assim batizado em homenagem a Psyche, uma mulher que ganhou a vida eterna na mitologia grega, é um dos asteróides mais massivos jamais descobertos no cinturão de asteróides – um disco empoeirado localizado entre as órbitas de Marte e de Júpiter. Mede 240 quilómetros de diâmetro – o maior é Ceres com um diâmetro de 945 quilómetros – mas já tem a fama de ser o maior corpo de ferro.
Se a NASA tiver sucesso nesta missão, o Psyche dará à comunidade científica a primeira oportunidade de explorar um mundo feito de ferro. A agência espacial norte-americana tinha anunciado que iria visitar o 16 Psyche em 2023, mas antecipou a viagem para o verão de 2022.
A melhor parte é que a sonda Psyche da NASA deverá chegar ao asteróide quatro anos mais cedo do que o inicialmente previsto, graças à descoberta de uma trajetória mais eficiente que vai levar a sonda ao seu destino em 2026.
Embora não seja claro como é que o 16 Psyche se formou sem quaisquer revestimentos rochosos ou gelados, os cientistas suspeitam que uma ou mais colisões maciças o libertaram da sua crosta e do seu manto de silicato, deixando-o com apenas 10% de rocha de silicato na sua superfície atual.
ZAP // HypeScience / Science Alert
Missão Psyche
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