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Três mineiros acusados da morte de vice-ministro da Bolívia

Martin Alipaz / EPA

Protesto de mineiros na Bolívia

Protesto de mineiros na Bolívia

Três mineiros, entre os quais o líder da Federação Nacional de Cooperativas Mineiras, foram formalmente acusados da morte, na quinta-feira, do vice-ministro boliviano, Rodolfo Illanes, foi hoje anunciado.

De acordo com o Ministério Público boliviano, os três mineiros são acusados dos crimes de assassinato, roubo agravado, posse de explosivos, organização criminal e atentado contra elementos de organismos de segurança do Estado.

Embora todos estejam acusados pelos mesmos crimes, a Carlos Mamani, líder da Fencomin, é imputada a autoria da morte do político, enquanto os outros dois mineiros são apresentados como cúmplices.

Rodolfo Illanes, 56 anos, vice-ministro da Bolívia, foi espancado até à morte por mineiros que o tinham sequestrado em protesto na localidade de Panduro, a 180 quilómetros da capital, La Paz.

Os mineiros bolivianos estavam em protesto, que degenerou em violência com o bloqueio de estradas, exigindo mais concessões de minas, o direito a trabalhar para empresas privadas e maior representação sindical.

Na altura, o vice-ministro terá pedido para ir a Panduro para abrir uma janela de diálogo com os manifestantes, acabando sequestrado pelos mineiros.

O presidente boliviano, Evo Morales, considerou o assassínio “imperdoável” e afirmou que voltou a derrotar “um golpe de Estado”, desta vez supostamente planeado pelos mineiros que protagonizaram o conflito que resultou na morte de Rodolfo Illanes.

O Governo nacional derrotou, outra vez, um golpe de Estado. Estou convencido disso”, disse Evo Morales, numa conferência de imprensa, na cidade de Cochabamba, no centro do país, referindo-se aos confrontos desta semana.

Muitos mineiros foram coagidos a participar nos protestos por líderes sindicais, sustentou o Presidente boliviano, indicando estar em curso uma investigação às manifestações e consequentes episódios de violência.

/Lusa

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