Cerca de 30 trabalhadores da distribuição da Sonae cortaram, esta sexta-feira, o trânsito, na zona da Maia, junto do centro de distribuição do grupo, num protesto para reivindicar aumentos salariais.
Este é o primeiro de três dias de luta nacional e que esta sexta-feira se concentra nos trabalhadores da distribuição, seguindo-se ações dos funcionários das empresas da APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, que incluem os principais super e hipermercados do país.
As cerca de três dezenas de manifestantes têm gritado junto do local, no qual trabalham aproximadamente 800 pessoas, que “está na hora, está na hora do contrato vir cá para fora” e “Sonae escuta, os trabalhadores estão em luta”.
Esta manhã, os manifestantes tentaram impedir trabalhadores de entrarem no centro, mas foram persuadidos pela PSP. Os protestantes recuaram, mas voltaram à porta do centro. No local estão cerca de dez agentes da PSP.
Em declarações à TSF, Marisa Ribeiro, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, contou que os manifestantes estavam a tentar sensibilizar outros trabalhares para se juntarem à greve e a empresa decidiu chamar a polícia. A sindicalista garante que não chegou a haver confrontos.
Entre as principais reivindicações estão a atualização salarial e a eliminação das diferenças de salário conforme o local de trabalho, ou seja, uma “discriminação geográfica”, como criticam os trabalhadores.
Os trabalhadores lutam para que os operadores de supermercado e de armazém tenham um ordenado de pelo menos 653 euros brutos em topo de carreira. Atualmente, o salário em topo de carreira é de 626 euros brutos em Lisboa, no Porto e em Setúbal e de 585 euros no resto do país, avança a rádio.
ZAP // Lusa