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Não se preocupe: o seu reembolso está certo, mas o dinheiro já o recebeu. A retenção na fonte aproxima-se cada vez mais ao valor real do imposto.
A Autoridade Tributária (AT) teve esta segunda feira de reforçar o atendimento. Em causa estavam inúmeros contactos devo aos reembolsos do IRS. Ainda que tenha sido noticiada, a mudança fez-se sentir, e muitos procuraram ajuda por terem tido um grande susto.
Tudo isto porque a redução da retenção fonte em 2024 deixou mais dinheiro aos contribuintes todos os meses, mas ao consultarem os reembolsos nem todos se recordam disso. Independentemente de quanto ganha, o reembolso este ano será sempre mais baixo, e há até quem tenha de pagar. No entanto, em qualquer cenário, está a pagar menos do que em 2023.
À Renascença, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Gonçalo Rodrigues, diz que a AT tem recebido vários pedidos de ajuda. “Os casos que tenho acompanhado e já foram alguns, as diferenças podem ser substanciais. Já vi casos concretos, mesmo de pessoas que que tem um reembolso praticamente metade do que tinham no ano passado, alguns que tinham valores a receber e agora tem valores a pagar“, comenta.
Dá mesmo o exemplo de “um caso de uma pessoa que recebia reembolsos acima dos 1.100 euros e que fez a simulação já no site e que o valor a receber é de 455 euros”.
Na verdade, segundo explica a CNN, a tendência para o futuro é que o reembolso seja sempre a diminuir, aproximando-se a retenção na fonte ao valor real do imposto.
“O dinheiro já está no bolso”
Neste aspeto, “o ideal seria que quando chegamos ao momento da liquidação de IRS não houvesse nem nada a pagar nem nada a receber, que fosse mesmo equilibrado ou tendesse a ser zero, porque isso era sinal que nós estávamos a pagar mensalmente mesmo aquilo que fazia falta e não mais”, comenta Gonçalo Rodrigues.
“As pessoas ainda não perceberam que nós estamos a fazer menos retenções e estamos a receber mais dinheiro todos os meses”. Ou seja, “é normal que depois, no ano seguinte, o acerto da conta nos dê menos reembolso”.
O economista Luís Nascimento explica à CNN que o mais fácil é mesmo validar as faturas, que ajudam a “reduzir ou anular o IRS a pagar”.
