O Supremo Tribunal Indiano declarou Ram Lalla Virajman, um deus bebé, como o legítimo proprietário de Ayodhya, uma terra no norte da Índia considerada sagrada por muçulmanos e hindus.
O tribunal decidiu que o Governo deverá construir uma mesquita em honra desta divindade. De acordo com a legislação do país, uma divindade pode ser considerada uma “pessoa jurídica”, tendo o direito de processar ou ser processada. Em casos passados, segundo o OZY, empresas e rios já foram considerados pessoas jurídicas.
Conhecido como Lord Ram, a divindade foi representada pelo seu amigo “humano” mais próximo — neste caso, Triloki Nath Pandey. “Representar Deus é um trabalho glorioso. Pensar que fui escolhido para fazer este trabalho de entre milhões de hindus deixou-me orgulhoso e alegre”, disse.
Na verdade, este processo é bem mais antigo do que o início deste litígio e começou com uma queixa na polícia apresentada por um morador de Ayodhya, em novembro de 1858. Segundo o habitante, membros de uma comunidade hindu entraram na mesquita e fizeram um culto, deixando símbolos e a palavra “Ram” escrita nas paredes da mesquita.
Foi aqui que começou a disputa legal pela terra, que se tornou no caso de tribunal mais antigo da Índia, com 161 anos. Além de abrir o precedente para que outras divindades pudessem “estar presentes” em tribunal, este caso teve sérias ramificações na própria comunidade hindu e muçulmana no país.
“As escavações no local pelo Serviço Arqueológico da Índia realmente ajudaram no caso”, disse C.S. Vaidyanathan, que ajudou a trabalhar a batalha legal a favor de Lord Ram. Enquanto os muçulmanos defendiam que a mesquita foi construída em terrenos baldios, as escavações mostraram que “havia artefactos associados com os hindus”, o que consistiu num ponto de viragem no caso.
Em 1989, o antigo juiz do Supremo Tribunal Indiano alegou que a terra pertencia legalmente a Ram Lalla Virajman, uma divindade considerada menor para fins legais, porque supostamente nasceu em Ayodhya e, portanto, reivindicou a terra enquanto criança.
E é isto… em pleno século XXI ainda há quem viva na Idade da Pedra, mas, pior é ver um tribunal ir na cantiga destes locos que ‘vivem” com deuses naquelas cabecinhas ocas!…
Enfim… religiões, sempre a atrasar e a limitar o desenvolvimento humano!
..