O juiz Rui Rangel, arguido no processo “Operação Lex”, está esta quarta-feira de turno no Tribunal da Relação de Lisboa, depois de ter expirado a suspensão aplicada pelo Conselho Superior da Magistratura.
O presidente do Tribunal da Relação de Lisboa confirmou à agência Lusa que recebeu um ofício do Conselho Superior da Magistratura (CSM) a informar que o tempo de suspensão de Rui Rangel tinha terminado, o que permite ao magistrado regressar à atividade de juiz desembargador.
Rui Rangel é um dos arguidos no processo “Operação Lex” por suspeitas de corrupção e tráfico de influências, tendo estado suspenso preventivamente desde 7 de novembro.
Fonte do Conselho Superior da Magistratura adiantou à Lusa que a ex-mulher de Rangel, a desembargadora Fátima Galante e também arguida no processo, atingiu igualmente o prazo máximo de suspensão, tendo regressado ao tribunal.
O caso foi conhecido a 30 de janeiro de 2018 e tem 14 arguidos constituídos, entre os quais os dois juízes e o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira. Na altura foram detidas cinco pessoas por suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem, branqueamento, tráfico de influências e fraude fiscal qualificada.
A Operação Lex teve origem numa certidão extraída do processo Operação Rota do Atlântico, que levou à constituição como arguidos de José Veiga, antigo empresário de futebol, e Paulo Santana Lopes, irmão do antigo primeiro-ministro, por suspeitas de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, fraude fiscal, tráfico de influências e participação económica em negócio.
Segundo fonte judicial, a investigação, que já se prolonga por um ano e meio, deverá estar concluída até outubro.
// Lusa
E, como o delito que ele cometeu teve a ver com a sua veia culinária, toca lá a reconduzi-lo ao cargo de juiz…