Segundo o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), Alexandre Lourenço, o tempo de espera para consultas e cirurgias deverá agravar-se num futuro próximo.
O alerta está lançado por Alexandre Lourenço, que justifica o agravamento pela redução do horário de trabalho e pelas greves. O presidente da APAH reconhece que a situação se tenha deteriorado nos finais de 2018 e admite que pode piorar no futuro.
“Pelo menos em relação a 2017, a expectativa é que os tempos se deteriorem por todos estes efeitos no Serviço Nacional de Saúde”, disse Alexandre Lourenço numa entrevista conjunta à Rádio Renascença e ao Público.
“A expectativa é que os tempos se deteriorem“, avisou o presidente da APAH, explicando que “a redução do horário de trabalho das 40 para as 35 horas nos contratos individuais de trabalho e a greve no final do ano terá cancelado cerca de 7000 a 8000 cirurgias”.
No decorrer da entrevista, Alexandre Lourenço destacou um grave problema no Serviço Nacional de Saúde, que se prende com a limitação do número de anestesiologistas. Além disso, os resultados do relatório da Entidade Reguladora de Saúde relativo ao final de 2018 mostra que os tempos de acesso a cirurgia são mais problemáticos em hospitais periféricos.
O administrador hospitalar acredita ainda que recuperar os tempos de espera e a confiança será uma tarefa complicada. “Os tempos de espera só serão recuperados quando as instituições tiverem autonomia para gerir as suas próprias organizações”, explicou, acrescentando que é necessário um maior investimento no setor e uma melhor política de gestão de recursos humanos.
“As estruturas não têm flexibilidade para dar resposta a todo o volume de doentes que temos no sistema”, disse Alexandre Lourenço. O presidente da APAH mostra ainda o seu descontentamento pela “gestão financeira e orçamental das instituições de saúde completamente errada e que leva ao aumento do desperdício”.
A sua previsão é que as dívidas aumentem, “como tem ciclicamente aumentado”. Alexandre Lourenço explica que a dívida aos fornecedores vai aumentar e depois existe uma injeção financeira adicional no final do ano pelo Ministério das Finanças. “Esta é uma gestão orçamental completamente errada“, realçou.
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