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Tempestade Ana causou um morto, 1900 quedas de árvores e mais de 3000 ocorrências

Marcelo Camargo / ABr

A Proteção Civil registou durante este domingo e o início da manhã de hoje um total de 3.187 ocorrências divididas por 1.997 quedas de árvore, 34 movimentos de massa, 370 inundações, 632 quedas de estruturas e 152 limpezas de vias. O mau tempo fez também uma morte e cinco feridos ligeiros.

“Entre as consequências mais graves dignas de registo, entre muitas outras, ocorreram cinco vítimas leves e uma vítima mortal devido a queda de árvore, 13 desalojados ou deslocados devido a casas destelhadas e quedas de árvores sobre habitações”, disse Luís Belo Costa, Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Centro Sul.

No Marco de Canaveses, uma mulher morreu na sequência de uma queda de árvore, que provocou também ferimentos num casal. A vítima mortal, que seguia de carro, terá saído da viatura devido a uma pedra na via, momento em que foi atingida pela árvore.

Em conferência de imprensa, o comandante da ANPC explicou que desde o final da tarde de domingo e o início da manhã de hoje registaram-se “um total de 3.187 ocorrências divididas por 1.997 quedas de árvore, 34 movimentos de massa, 370 inundações, 632 quedas de estruturas e 152 limpezas de vias”.

De acordo com Luis Belo Costa, registaram-se, igualmente, problemas na circulação de comboios, em particular na Linha da Beira Alta, devido à quebra de energia elétrica, além de estradas temporariamente cortadas, situações “já normalizadas”.

A passagem da tempestade Ana afetou o território nacional de norte para sul, sobretudo os distritos de Lisboa, Porto, Aveiro, Viseu, Braga, Coimbra, Leiria, Setúbal e Viana do Castelo, distritos onde, segundo o comandante da ANPC, se registaram em média mais de 150 ocorrências, à exceção de Lisboa, com mais de 500 registos.

Luís Belo Costa adverte que “apesar de a situação estar estável, o estado de alerta especial de nível amarelo continua até às 20h00 de hoje“, pelo que recomenda às populações que evitem estar em locais junto a árvores ou zonas arborizadas, “já que foram estas que deram origem às piores consequências”.

“A queda de estruturas foi igualmente um problema grave que também afetou o nosso trabalho”, disse o responsável, adiantando que no terreno estiveram 12.448 operacionais e mais de quatro mil veículos.

O responsável da Proteção Civil lembrou ainda as previsões de queda de neve em locais superiores a 800 metros e para os cuidados dos automobilistas para o uso de correntes de neve e de uma condução defensiva.

Luís Belo Costa recordou também os perigos da agitação marítima forte, desaconselhando passeios junto à orla costeira, “já que a história demonstrou que estar no sítio errado à hora errada traz problemas”.

Em relação às comunicações do SIRESP, o comandante da ANPC reconheceu que existiram “algumas falhas, em alguns locais, devido a falhas na energia elétrica, mas que o socorro não foi comprometido”.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) previa que a partir das 03h00 a tempestade Ana começasse a perder intensidade e a dissipar-se.

Hoje, o IPMA disse que a tempestade já deixou o território português, estando agora prevista uma descida das temperaturas, aguaceiros, diminuindo de frequência e intensidade, possibilidade de trovoada e granizo, e queda de neve acima de 800 metros.

Atualização (15h36):
Notícia atualizada com as últimas informações da Proteção Civil.

ZAP // Lusa

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