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Tecnologia inspirada em Star Wars permite aos robôs “sentir” objetos

Uma equipa de investigadores da Universidade Nacional de Singapura criou uma tecnologia pioneira de espuma inteligente que pode funcionar como o equivalente de pele humana para robôs.

Não só permite aos robôs “sentir” objetos, como a sua pele também regenera. Os cientistas chamam-lhe de AiFoam.

O material é altamente elástico e esponjoso, permitindo que seja incorporado facilmente numa peça, imitando a pele humana.

Consegue sentir objetos graças partículas microscópicas de metal e minúsculos elétrodos embutidos na espuma, permitindo medir as propriedades elétricas dos materiais dos quais se aproxima e alterando as suas próprias propriedades elétricas quando entra em contacto, explica a VICE.

Os elétrodos atuam como “nervos”, enviando sinais para um computador e permitindo que o robô reaja de acordo com a quantidade e a direção da força que está a ser aplicada. O estudo foi publicado na revista científica Nature Communications.

“As tecnologias robóticas requerem peles com sensor para se tornarem inteligentes o suficiente para funcionar bem com humanos”, disse o autor principal do estudo, Benjamin Tee, à VICE. “Isto pode significar que os robôs podem ser mais colaborativos e mais fáceis de interagir em diferentes tipos de ambientes sem muito esforço de programação”.

Se esta inovação parece retirada da ficção científica, não é por acaso. Tee confessa que se inspirou na saga Star Wars (“Guerra das Estrelas”), onde os robôs podem realizar cirurgias e as mãos protéticas têm pele.

Mais precisamente, o investigador inspirou-se na cena do filme “Star Wars: O Império Contra-Ataca”, em que a personagem principal Luke Skywalker perde a sua mão.

“Eu pensei, se a pele humana pode se autorreparar, podemos fazer o mesmo com as peles eletrónicas que um robô usa?”, contou Lee.

Em 2018, uma equipa de investigadores norte-americanos já tinha criado um novo tipo de “pele eletrónica” que se conseguia autorregenerar. A “pele” consiste num polímero com nanopartículas de prata, que lhe conferem força, estabilidade química e condutividade elétrica. Sensores embutidos medem a pressão, temperatura, humidade e fluxo do ar.

Daniel Costa, ZAP //

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