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Task force enviou queixa para a PJ devido ao problema das vacinas no Queimódromo

Jean-Francois Monier / AFP

A task force de vacinação contra a covid-19 enviou uma queixa à Polícia Judiciária devido ao problema das vacinas no Queimódromo.

Os laboratórios Unilabs confirmaram hoje à Lusa ter havido “um problema” no frigorífico de armazenamento das vacinas no centro de vacinação do Queimódromo, no Porto, tendo o mesmo sido resolvido logo que detetado.

“A Unilabs confirma ter havido uma falha na cadeia de frio no centro de vacinação do Queimódromo, no Porto. A situação foi prontamente resolvida assim que detetada”, referiu fonte oficial da Unilabs.

Por este motivo, a vacinação contra a Covid-19 no Queimódromo do Porto foi suspensa pela coordenação da ‘task-force’ e pedida uma investigação à Polícia Judiciária e à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), foi esta quinta-feira anunciado.

Segundo o Diário de Notícias apurou junto a fontes que estão a acompanhar o processo, trata-se de um “procedimento padrão” da task force “comunicar a estas entidades, PJ e IGAS, acontecimentos desta natureza”.

O que se pretende saber é “de quem é a responsabilidade e porque é que houve uma quebra do protocolo de segurança instituído pela task force, que determina que na menor dúvida, as vacinas devem ser colocadas em quarentena, não devendo ser administradas mesmo correndo o risco de as perder”.

A Unilabs explicou que “o problema ocorreu no frigorífico de armazenamento das vacinas, tendo a sua causa sido já devidamente analisada, interna e externamente, com as medidas de mitigação e reforço da prevenção desta ocorrência a serem postas em prática”.

Foram ainda alertadas as autoridades de saúde competentes no processo de vacinação para poderem ser postos em prática os protocolos necessários de salvaguarda de todos os utentes, acrescentou.

“Temos, neste momento, as nossas equipas no terreno, com os demais parceiros do centro de vacinação do Queimódromo, estando operacionais a partir deste sábado para que, se as autoridades de saúde e a ‘Task-Force’ assim o entendam, possamos continuar a apoiar o país no esforço de vacinação“, concluiu a fonte.

Já esta manhã, o Coordenador da ‘Task Force’ para o Plano de Vacinação contra a Covid-19 disse que “não há nenhum risco para a saúde das pessoas” vacinadas nos últimos dias no centro instalado no Queimódromo.

“A vacinação foi suspensa, houve uma quebra nos procedimentos de farmacovigilância e essa quebra não nos dá confiança para continuar a operar sem fazermos umas investigações, que já foram estabelecidas e estão a ser iniciadas. Todas as pessoas que foram vacinadas num período específico em que ocorreu a quebra de segurança estão a ser contactadas“, disse o vice-almirante Henrique de Gouveia e Melo.

Em declarações aos jornalistas durante uma visita ao Centro de Vacinação do ACES Porto Ocidental, instalado no Regimento de Transmissões do Porto, o coordenador da ‘Task Force’ de Vacinas afirmou que “não há nenhum risco pada a saúde dessas pessoas, o único risco que pode haver é a vacinação ser um ato nulo“.

ZAP // Lusa

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