“A TAP vai dar à economia muito mais do que os 3,2 mil milhões de euros”

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António Pedro Santos/LUSA

Pedro Nuno Santos em audição na Assembleia da República

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, reforçou que a TAP não vai pagar diretamente ao Estado os 3,2 mil milhões de euros que foram injetados como empréstimo. “A TAP vai dar à economia nacional muito mais que 3,2 mil milhões de euros”, frisou.

Numa audição regimental, no Parlamento, Pedro Nuno Santos garantiu que a TAP vai implementar o seu plano de reestruturação com sucesso e que, apesar das “pedras no caminho”, a empresa vai “surpreender o país, visto que o plano “vai ser executado antes das metas previstas”, segundo avançou o Jornal de Notícias.

Confrontado pelo social-democrata Paulo Moniz, que questionou quando seria iniciado o programa de privatização no próximo ano e se o Estado seria ressarcido pelo valor injetado, o ministro atacou o PSD, responsabilizando o partido por ter “enterrado o país com a TAP” quando vendeu a empresa, em 2015.

“Deviam estar calados. É vergonhoso”, atirou Pedro Nuno Santos, que depois acabou por se retratar. “Toda a história que o PSD deixou sobre a TAP é um desastre. A TAP é uma empresa que estava no chão”, completou.

“Não fomos nós que decidimos vender a TAP. Foi o vosso primeiro-ministro José Sócrates num memorando que fez com Bruxelas e que nós tivemos que cumprir”, corrigiu Paulo Moniz, ao que o ministro respondeu: “mas venderam mal”.

“O que vamos recuperar dos 3,2 mil milhões de euros?”, insistiu o deputado, ao que o ministro referiu que a TAP “devolve aos portugueses todos os dias com os negócios que faz” e que a empresa “contribui para a economia nacional muito mais do que os 3,2 mil milhões de euros”.

Sem abordar o tema sobre o plano de privatização da TAP, acusou os sociais-democratas de apenas pretenderem fazer “números” ao apontar críticas à gestão do Governo. “A TAP está a crescer 21,4% em resultados operacionais face a 2019”, disse ainda.

Indagado pelo deputado do Chega Filipe Melo sobre se “considera que há má gestão da TAP”, ao pagar 122 milhões de euros para compensar os clientes or atrasos de voos, o ministro referiu que todas as companhias aéreas tiveram custos com cancelamentos de voos durante a pandemia.

“Os 3,2 mil milhões de euros foram transformados em capital. Não era um empréstimo, Não tem que devolver. A TAP devolve aos portugueses de diversas  maneiras. Tenho dificuldades em compreender por que isso é desvalorizado. O que disse foi que a TAP, a partir de 2025, estaria em condições de começar a devolver aos portugueses, quando deverá começar a ter resultados líquidos no exercício. E vai conseguir ter resultados líquidos antes”, explicou Pedro Nuno Santos.

“Já há algum tipo de conversas com eventuais compradores da TAP?”, questionou Carlos Guimarães Lima, deputado do Iniciativa Liberal (IL). “Da parte do Governo não”, respondeu, referindo que há “uma intenção do Governo em abrir o capital da empresa e essa intenção já foi sinalizada ao mercado”.

Quanto ao novo aeroporto de Lisboa, Pedro Nuno Santos reafirmou que serão cumpridas as metas. O ministro revelou que a Comissão Técnica Independente já foi constituída, que o próximo ano será dedicado às avaliações ambientais e técnicas e que será tomada uma decisão entre finais de 2023 e inícios de 2024.

ZAP //

4 Comments

  1. Sempre que precisei de viajar a TAP tinha os preços mais altos absurdos tinha que ir noutras empresas que por lei era obrigado a fazer escala a TAP com voos diretos cobrava valores muito superiores agora deve ser igual quase todas as empresas públicas só têm servido para tachos e desviar dinheiro dos contribuintes devia ser obrigatório mostrar Plataforma pública internet a toda a contabilidade assim tínhamos como saber os volores pagos a quem e como receberam só sei que falta dinheiro para hospitais onde morrem pessoas por falta de assistência

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