Nos últimos tempos, vários países têm adotado medidas para combater o uso de plástico. No caso da Tanzânia, adotam-se medidas drásticas.
A Tanzânia prometeu cumprir as medidas aprovadas na Cimeira Climática da ONU em Paris, em dezembro de 2015. No seguimento desta promessa, a 1 de junho foram promulgadas leis que proíbem a importação, exportação, manufatura, armazenamento e venda de sacos de plástico.
Neste país africano, ter um saco de plástico e reutilizá-lo numa ida às compras, por exemplo, passou a ser um crime punível com coimas e tempo de prisão. Crimes que envolvam a produção destes sacos podem ser puníveis com uma pena até dois anos e os consumidores que os utilizem poderão ser sujeitos até sete dias de prisão.
Segundo o Público, em maio, as autoridades do país conduziram campanhas em mercados casas, lojas e edifícios, onde todos os sacos que infringissem a lei a partir de junho foram recolhidos.
Mas apesar de todas as restrições, ainda há várias zonas da Tanzânia onde a acumulação de lixo constitui um problema ambiental.
Um líder de uma congregação religiosa de Dar-es-Salam, a maior cidade do país, mostrou-se descontente com a linha seguida pelo Governo. “Esta medida não tem qualquer significado, as pessoas têm de ser educadas em não atirar lixo para o chão, banir sacos é absurdo”, disse, citado pelo El País.
Certo é que nos mercados de rua, os produtos passaram a ser distribuídos em sacos de papel. Apesar da proibição, os sacos plásticos ainda podem ser utilizados em atividades ligadas a serviços médicos, construção civil, processamento alimentar e gestão de resíduos, entre outros.