Alguém já viu Tânger Corrêa em cartazes do Chega? “O mais bonito fica para o fim”

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Tiago Petinga / Lusa

António Tânger Corrêa, cabeça de lista do Chega às europeias

Tânger Corrêa estabelece meta nas europeias; abaixo disso, o Chega fica frustrado. Candidato disse quais são as suas quatro prioridades para Bruxelas.

António Tânger Corrêa, se for eleito eurodeputado, sabe o que mudaria primeiro no Parlamento Europeu: agricultura, pescas, corrupção e migrações.

Disse que a corrupção é “um cancro que se alastra” e que o Pacto de Migrações é uma “armadilha muito grande”.

Armadilha “por causa da imposição e do pagamento de multas que os países mais ricos facilmente se aproveitam. Uma imigração ilegal e desregulada como nós temos e que leva a que pessoas vivam em condições sub-humanas não pode acontecer. Ou têm que voltar para os seus países ou arranjar uma solução melhor.

Nesta entrevista ao Jornal de Notícias, o cabeça-de-lista do Chega para as eleições europeias assegura que o partido está unido: “Estamos ao mesmo nível das legislativas e isto sem o André Ventura na campanha. O André vai-nos dar uma força tremenda e temos margem forte para subir”.

O Chega conseguiu o voto de 18,07% dos eleitores nas eleições legislativas em Março. Tânger Corrêa quer mais: “Os 12% (em sondagens) são muito baixos. O objectivo é superar os 18%, claramente. Não tenho objectivo concreto porque isso vai depender muito da abstenção”.

Ficar abaixo dos 18% não é um mau resultado para o Chega. “É evidente que ficaremos um bocado frustrados de não ter o melhor resultado, mas continuaremos a trabalhar e em Bruxelas não vamos perder a força”.

O Chega, repetiu o candidato, condena “absolutamente” a invasão da Ucrânia por parte da Rússia.

Tânger Corrêa voltou a dizer que o Chega ainda vai decidir se fica no grupo europeu Identidade e Democracia, ou se muda para os Conservadores e Reformistas Europeus, que são a favor da União Europeia. Depende da próxima composição do Parlamento Europeu.

Assim, os eleitores não sabem em que grupo europeu vão votar, ao escolher o Chega. “Os eleitores têm que confiar no Chega. Sabem qual é a posição relativamente a esse assunto e nós prometemos que não nos vamos desviar daquilo que temos dito, nem um milímetro. Em termos de família europeia, os eleitores têm que confiar”, reagiu.

Ainda em relação ao Identidade e Democracia, o candidato do Chega concorda com a expulsão de Maximilian Krah, da AfD (Alemanha), que disse que nem todos os membros da nazi SS eram criminosos. “Aliás, disse logo que não são declarações que se façam”, atirou.

Em relação aos cartazes do Chega para as europeias, onde o protagonista tem sido quase sempre André Ventura e não Tânger Corrêa (já começaram a aparecer cartazes com o candidato às europeias nos últimos dias), o candidato disse que vão aparecer nos próximos dias mais cartazes com a sua fotografia: “Assim, o candidato mais bonito aparece no fim“.

ZAP //

1 Comment

  1. Nem sei o que é mais risível neste sórdido personagem, se a sua pretensa postura anticorrupção, se o seu lastimável e contraditório percurso como cônsul.
    E o mais risível ainda é quem critica o povinho por andar há 49 anos a votar nos mesmos, e depois elege e glorifica semelhantes delinquentes!

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