Supremacista branco que matou manifestante em Charlottesville condenado a prisão perpétua

(cv) Inside Edition

O supremacista branco James Alex Fields Jr. foi condenado a prisão perpétua por ter atropelado mortalmente uma manifestante anti-racista em Charlottesville, em 2017.

Os advogados de Fields argumentam pelo contrário, referindo que se trata de um jovem com um registo de problemas mentais e que merece alguma medida de clemência. “Não há nenhum castigo que possa ser imposto a James que chegue para reparar os danos que ele causou a dezenas de pessoas”, disseram os advogados de defesa. “Mas este tribunal devia entender que os castigos têm limites.”

A decisão de condenar James Alex Fields Jr, de 22 anos, a prisão perpétua foi tomada por um juiz federal. Aquele jovem matou uma mulher e feriu dezenas de pessoas.

A contra-manifestação que James Alex Fields Jr. atacou foi convocada em reação a uma manifestação sob o lema “Unite The Right”, que juntou vários supremacistas brancos e neonazis em Charlottesville, no estado da Virgínia.

Fields declarou-se culpado de 20 dos 30 crimes federais de ódio racial num acordo estabelecido em março e que excluiu a possibilidade da pena de morte.

Fields, de 20 anos, foi condenado por investir o seu carro contra um grupo de pessoas que formava uma contramanifestação, no sábado, em Charlottesville, em reação a uma marcha de extrema direita. O ataque com o carro matou Heather Heyer, de 32 anos.

Fields, descrito por um antigo professor de liceu como um admirador de Adolf Hitler e da Alemanha nazi, foi acusado de homicídio em segundo grau. Registos policiais mostram que Fields foi detido depois de a sua mãe ter denunciado em 2011 que ele se colocou atrás dela segurando uma faca.

Noutro incidente, em 2010, Samantha Bloom disse que o filho lhe bateu na cabeça e a trancou na casa de banho depois de ela lhe dizer para parar de jogar videojogos.

Na segunda-feira, um antigo colega de escola contou à agência Associated Press que numa viagem escolar à Europa em 2015, Fields disse repetidamente que não suportava os franceses e que só tinha participado na viagem para poder visitar “a Pátria” – a Alemanha.

Um antigo professor contou no domingo que Fields era fascinado com o nazismo, idolatrava Hitler e tinha sido identificado, no 9.º ano, pela escola pelas suas “profundas e radicais” convicções sobre raça.

Após o ensino secundário, Fields alistou-se no Exército dos Estados Unidos, mas apenas quatro meses mais tarde, o Exército “dispensou-o do serviço” por “incapacidade de atingir padrões de treino”.

ZAP // Lusa

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