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Supremacista branco que lançou carro contra jovem tinha sido denunciado à Polícia pela mãe

O supremacista branco que conduzia o carro que matou uma jovem na cidade de Charlottesville, nos Estados Unidos, tinha sido anteriormente acusado de bater na sua mãe e de a ameaçar com uma faca, segundo documentos policiais.

Samantha Bloom, portadora de deficiência, chamou várias vezes a polícia devido a comportamento violento e ameaças do seu filho, James Alex Fields Jr., em 2010 e 2011. Bloom disse aos agentes que o filho tomava medicação para controlar o humor, de acordo com transcrições das chamadas para a linha de emergências.

Fields, de 20 anos, é acusado de fazer investir o seu carro contra um grupo de pessoas que formava uma contramanifestação, no sábado, em Charlottesville, em reação a uma marcha de extrema direita. O ataque com o carro matou Heather Heyer, de 32 anos.

Fields, descrito por um antigo professor de liceu como um admirador de Adolf Hitler e da Alemanha nazi, foi acusado de homicídio em segundo grau. Registos policiais mostram que Fields foi detido depois de a sua mãe ter denunciado em 2011 que ele se colocou atrás dela segurando uma faca.

Noutro incidente, em 2010, Samantha Bloom disse que o filho lhe bateu na cabeça e a trancou na casa de banho depois de ela lhe dizer para parar de jogar videojogos.

Na segunda-feira, um antigo colega de escola contou à agência Associated Press que numa viagem escolar à Europa em 2015, Fields disse repetidamente que não suportava os franceses e que só tinha participado na viagem para poder visitar “a Pátria” – a Alemanha.

Um antigo professor contou no domingo que Fields era fascinado com o nazismo, idolatrava Hitler e tinha sido identificado, no 9.º ano, pela escola pelas suas “profundas e radicais” convicções sobre raça.

Após o ensino secundário, Fields alistou-se no Exército dos Estados Unidos, mas apenas quatro meses mais tarde, o Exército “dispensou-o do serviço” por “incapacidade de atingir padrões de treino”.

Fields enfrenta agora uma acusação de homicídio pela morte de Heather Heyer e de tentativa de homicídio das 19 pessoas que atropelou.

ZAP // Lusa

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