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Supermercados preparam-se para vender testes rápidos à covid-19

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Mahmoud Khaled / EPA

Comprar testes rápidos à covid-19 num supermercado deverá tornar-se uma realidade para os portugueses, embora estes sejam restritos às áreas de saúde que existem em alguma superfícies e não de forma generalizada como no caso da Alemanha.

Uma portaria do Ministério da Saúde deixa margem para a venda de auto-testes em locais autorizados de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica. Para já, as empresas distribuidoras ainda aguardam regulamentação, mas a Biojam releva a necessidade de sensibilizar a população.

A portaria publicada na sexta-feira em Diário da República pelo Ministério da Saúde, que criou um regime excecional para a realização em auto-teste de testes rápidos de antigénio, e que deverá ficar regulamentada até ao final da semana, abriu porta à venda de testes rápidos para serem feitos sem supervisão de profissionais de saúde nas farmácias, mas também em locais autorizados de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica.

Segundo o jornal i, a Jerónimo Martins já confirmou que os testes serão vendidos nos espaços Bem-Estar das lojas Pingo Doce “brevemente”.

“Estamos a trabalhar no sentido de disponibilizar, com a maior brevidade possível, a venda destes testes nos espaços Bem Estar das lojas do Pingo Doce”, confirmou fonte oficial da empresa.

As empresas, tal como as farmácias, estão a aguardar a regulamentação por parte das autoridades, que de acordo com a portaria tem de ficar concluída em cinco dias úteis, prazo que termina na próxima sexta-feira.

De acordo com o mesmo jornal, os grupos de trabalho que envolvem o Infarmed, a Direção Geral da Saúde e o Instituto Ricardo Jorge têm estado a trabalhar em conjunto e deverão ser definidos vários aspetos, nomeadamente como serão comunicados os resultados dos testes, que marcas de testes rápidos de antigénio poderão ser vendidos e se haverá algum tipo de comparticipação.

A portaria definiu que poderão ser usados como auto-testes, ou seja sem supervisão, testes que assentem na recolha de amostras da área nasal anterior interna.

Isto significa que deverão ser disponibilizados apenas testes que sejam feitas com uma amostra colhida nas narinas e não aqueles que dependem de colheitas feitas com zaragatoas em profundidade nas vias respiratórias e na garganta.

Carlos Monteiro, diretor executivo da Biojam – uma das primeiras empresas a comunicar que tinha testes rápidos passíveis de ser utilizados como auto-teste – defende que um ponto essencial será sensibilizar a população e fornecer informações sobre como se fazem os testes nasais.

“Um profissional de saúde está habituado a fazer isto. Se forem duas gotas de sangue, é mensurável. Se for uma quantidade de saliva é mensurável. Agora como é que o comum dos mortais sabe que uma amostra das narinas é a amostra certa?”, refere, defendendo que os testes de saliva seriam mais adequados para auto-teste.

Outra questão que considera que deve ser alvo de sensibilização é a necessidade de comunicar resultados e em que circunstâncias fazer os testes rápidos.

Como avança o Jornal de Notícias, também nas farmácias, os auto-testes à covid-19, conhecidos como testes rápidos de antigénio, estão a ter muita procura nas farmácias portuguesas.

ZAP //

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