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Descoberta super-Terra potencialmente habitável a 224 anos-luz

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Investigadores da Universidade de Oviedo descobriram e caracterizaram um planeta na zona de habitabilidade de uma estrela anã vermelha.

Uma equipe de investigadores da Universidade de Oviedo e do Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC) descobriram e caracterizaram uma super-Terra a orbitar dentro da borda da zona habitável de uma estrela anã vermelha de tipo M0 chamada K2-286. Para isso, usaram dados do Telescópio Espacial Kepler.

O satélite Kepler foi projetado para descobrir exoplanetas. O método de procura consiste em medir o brilho vindo de uma estrela e observar se o seu brilho diminui periodicamente, como num eclipse. Se esta mudança no brilho ocorre, há um planeta a passar em frente da estrela regularmente.

A estrela K2-286, localizada na constelação de Libra a uma distância de 244 anos-luz, tem um raio de 0,62 raios solares e uma temperatura efetiva de 3650°C. O planeta tem 2,1 vezes o raio terrestre, um período orbital de 27,36 dias e uma temperatura de equilíbrio que pode ser cerca de 60ºC.

O planeta, de acordo com o estudo publicado em dezembro na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, está localizado no limite interno da zona de habitabilidade, de modo que, sob as condições certas, poderia manter a água líquida na sua superfície, um requisito indispensável para o desenvolvimento da vida como a conhecemos.

O planeta é de interesse especial não só para ser localizado na zona habitável da sua estrela, mas por estar entre os mais adequados para a caracterização atmosférica futuro do Telescópio Espacial James Webb, bem como para uma monitorização para estabelecer a sua massa com precisão.

“Temos verificado que a atividade da estrela é moderada em comparação com outras estrelas de características semelhantes, o que aumentem as possibilidade de o planeta ter sido habitável”, referiram Javier de Cos e Enrique Díez.

“Este exoplaneta pode ser um candidato adequado para um instrumento de nova geração como ESPRESSO recentemente instalado nos telescópios VLT do Observatório de Paranal (Chile)”, acrescenta Jonay González, investigador no IAC.

ZAP //

2 Comments

  1. Os milhões que gastam nestas parvoeiras, em guerras etc. davam para recuperar o ambiente, por exemplo como os chineses já fazem converter desertos em oásis etc. Fazendo os povos da terra mais felizes.

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