O eclipse solar que vai ter lugar no dia 20 de março, o maior desde 1999, poderá ter um efeito devastador no campo energético europeu.
A grande aposta de Europa em energias renováveis como principal fonte de fornecimento de energia poderá mostrar o seu lado negro no próximo dia 20 de março, dia do próximo eclipse solar completo.
Vários especialistas afirmam que o abastecimento de electricidade, em diversos países europeus, pode cair drasticamente, quer no dia do eclipse que no dia seguinte.
A Europa tem-se focado nas últimas décadas na procura de fontes renováveis de energia – entre as quais mais importante, a energia Solar.
Segundo o Financial Times, por exemplo, 25% da energia produzida produzida na Alemanha é proveniente de meios fotovoltaicos. Outros países podem ser afectados por contágio, uma vez que as economias dos membros da União Europeia estão muito interligadas – nomeadamente no campo energético.
Segundo dados da Entso-E, a associação das empresas europeias de distribuição de eletricidade, actualmente 10,5% da energia eléctrica da Europa provém de centrais fotovoltaicas, contra 0,1% em 1999.
Portugal gera apenas 322 megawatts de energia a partir do Sol, pelo que não deverá ser afectado pelo fenómeno.
No nosso país o fenómeno será visível entre as 8.02 e as 10.02 horas da manhã, e obscurecerá 70% do Sol.
O maior eclipse desde 1999
O próximo eclipse solar completo vai ocorrer na manhã do dia 20 de março. Um eclipse parcial será visível no Norte de África, na Rússia, e na Europa, onde chegará a cobrir 90% do Sol.
Haverá um eclipse total no norte da Escandinávia e nas Ilhas Faroé, arquipélago a norte da Escócia que vai mesmo ficar, durante dois minutos e dois segundos, em escuridão absoluta.
Algumas avaliações mais pessimistas auguram que haverá uma quebra do sistema energético europeu, pelo menos em alguns países, como consequência do fenómeno – o maior desde 1999.
Mas há também especialistas que defendem que o eclipse será de facto um risco e uma prova de resistência, mas que as centrais eléctricas europeias têm capacidade para lidar com as consequências do eclipse e de um eventual apagão.
De acordo com Claire Camus, responsável da Entso-E, citada pela Sputnik News, o eclipse terá um “efeito dominó” no sistema de abastecimento energético europeu, provocando falhas em cadeia na rede.
Não é caso para menos.
De um momento para o outro, vão desaparecer 35 mil megawatts de energia que normalmente recebemos dos raios do Sol. Para voltar, espera-se, duas horas depois.
Sputnik
Mas que noticia é esta?
Até parece que não anoitece todos os dias…
E a parte da noticia “Portugal gera apenas 322 megawatts de energia a partir do Sol, pelo que (infelizmente) não deverá ser afectado pelo fenómeno.”, O que é que o “Infelizmente” está ali a fazer??? Estão com pena que portugal não tenha um apagão?’ Quem escreveu/traduziu isto?
Caro Pedro,
Considerámos que a percentagem da energia que o nosso país consome que é proveniente de energias renováveis é (infelizmente) tão pequena que não corremos o risco de ter um apagão. Mas sendo essa uma apreciação subjectiva, optámos por retirá-la do texto.
Deviam seriamente considerar uma revisão das vossas fontes científicas, ou, no mínimo, confirmar a credibilidade das notícias antes de as publicarem. Esta notícia é perfeitamente ridícula.
Caro António,
Acreditamos que a fonte que citámos, o Finantial Times, é consensualmente considerada credível.
OK, no dia 21 de Março vamos confirmar a credibilidade CIENTÍFICA do Finantial Times…
parece que no que diz respeito a ciência, o FINANTIAL Times não é uma fonte muito credível. Em 21 de Março de 2015.
Se os países em questão estiverem sob tempo nublado durante um dia a produção de energia solar (e não renováveis), pois o eclipse não faz parar o vento, deve ser menor do que durante um eclipse que dura pouco tempo. São títulos bombásticos que chamam as pessoas, mas também são títulos bombásticos que afastam quem quer informação e não só fogachos noticiosos.
O vento é a fonte de energia renovável mais significativa em Portugal (cerca de 20% da energia eléctrica produzida) e também na Alemanha, pelo que o efeito do fotovoltaico não será tão significativo como afirma a notícia. Além disso, com a previsão exacta do momento do eclipse, os operadores das redes irão preparar centrais alternativas como as térmicas a gás ou as hidroeléctricas para cobrir as necessidades do consumo. Não haverá qualquer apagão. Talvez as fontes do Finantial times precisem de melhores fontes científico-técnicas.