Super Bock Group vai despedir 10% dos trabalhadores

O Super Bock Group anunciou, esta terça-feira, que decidiu reduzir a sua força de trabalho em 10%, devido ao impacto da pandemia de covid-19.

A “significativa redução da atividade do Super Bock Group provocada pelo efeito da pandemia covid-19, bem como o cenário de recessão previsto para o futuro próximo, forçam a empresa a reajustar a sua estrutura para defender e proteger a sustentabilidade do grupo”, lê-se na nota.

O mesmo comunicado refere que a paragem e atuais constrangimentos do canal HoReCa (hotéis, restaurantes e cafés), que “representa cerca de 70% do mercado de bebidas refrescantes em Portugal (fonte Nielsen)” irão “prolongar-se e continuar a ter um significativo impacto no desempenho do Super Bock Group”.

“Esta difícil decisão implica um reajustamento que afetará cerca de 10% da força de trabalho em diferentes áreas da organização”, sendo “tomada perante uma conjuntura excecional e foi anunciada, esta tarde, à Comissão de Trabalhadores e a todos os colaboradores do grupo num processo que terá início este mês de junho”, adiantou a empresa.

O grupo refere que está empenhado “em implementar soluções de compensação pelo impacto desta medida, tendo constituído um programa de apoio que inclui condições acima do quadro legal, bem como um programa de outplacement e formação focados na empregabilidade”.

“A realidade atual é complexa e inédita e, num mundo cada vez mais volátil, a prioridade do Super Bock Group é, e será sempre, a sustentabilidade da empresa, adequando de forma continua a sua estrutura às necessidades atuais e futuras do negócio”, referiu.

A Lusa contactou o Super Bock Group, controlado em 56% pelo grupo Violas e em 44% pela dinamarquesa Carlsberg, para conhecer mais detalhes deste plano, mas encontra-se ainda à espera de resposta.

De acordo com o jornal Público, o último relatório e contas do grupo, antes conhecido como Unicer e que não está cotado em bolsa, relativo ao ano de 2018, contabiliza em 1310 o número de colaboradores nesse ano.

Tal como refere o diário, se a empresa mantiver o mesmo número médio de trabalhadores de 2018, a decisão irá abranger cerca de 130 pessoas.

ZAP // Lusa

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