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Governo quer aumentar salários mais baixos da Função Pública em 47 euros com retroativos a Janeiro

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Mário Cruz/Lusa

A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva

A proposta do Governo apresentada aos Sindicatos inclui um aumento salarial de 47,55 euros, com efeitos retroactivos a Janeiro de 2022, para os salários mais baixos da Função Pública. Para os técnicos superiores o aumento pode ser de 50 euros/mês e para os doutorados de 350 euros.

O Governo propõe aos Sindicatos da Função Pública um aumento de 47,55 euros no salário de entrada dos assistentes técnicos, com efeitos retroactivos a Janeiro de 2022, como apurou o Jornal de Negócios.

A primeira posição de assistente técnico tem como salário os 709 euros brutos. Assim, segundo a proposta do Executivo enviada aos Sindicatos e a que o Negócios teve acesso, esse valor deverá passar para os 757,06 euros.

Esta mudança “produz efeitos desde 1 de Janeiro de 2022”, ainda segundo a proposta do Governo que é citada pelo mesmo jornal.

O valor salarial vai, assim, subir apenas sete euros acima do salário mínimo nacional do próximo ano, os 750 euros.

O Executivo revela ainda a intenção de subir em 52,11 euros o salário de entrada dos técnicos superiores que precisam de ter, pelo menos, uma licenciatura. Nesse caso, o valor vai aumentar para os 1.268 euros brutos por mês, mas só “a partir de 1 de Janeiro de 2023”, como refere a proposta.

Para quem concluir um doutoramento, o salário sobe para os 1632,82 euros, o que pode constituir “uma valorização de cerca de 350 euros“, nota o Negócios.

Na proposta do Executivo refere-se ainda que “o trabalhador mantém os pontos e correspondentes menções qualitativas de avaliação do desempenho” para efeitos de progressão na carreira.

ZAP //

15 Comments

  1. No meu tempo estes agora ” assistente técnicos ” eram os antigos paquetes , porteiros ou contínuos,
    Dá mais 47€ a quem como funcionário público, não faz nada ou coisa nenhuma.
    Enfim é a xuxia a trabalhar

    • OH joão, andas desatualizado e mal informado… ou não és português. Estes “assistentes técnicos” eram os antigos “assistentes administrativos”, que trabalham em secretariados, seja de escolas, universidades e outros. Aos que tu te referes eram os “auxiliares”, que agora se chamam de “assistentes operacionais”, mas, mais uma vez te enganas, ao contrario dos que vias antigamente a “coçar a micose” os de agora são eletricistas, pedreiros, canalizadores, pessoal de limpeza, etc, que ao contrário dos do “teu tempo” tem que trabalhar e ganham o ordenado mínimo (pelo menos em início de carreira). Não quer isto dizer que não se vejam muitos funcionários públicos a “coçar a micose”, porque vêem, mas é generalizado a todas as categorias da função pública…

    • Pois é, João, o Ponto nos Is já o elucidou. Mas eu acrescento que os antigos “assistentes administrativos” antes tinham a designação de escriturários, 3ºs oficiais, 2ºs oficiais e 1ºs oficiais. Os oficiais tinham o 1º ciclo (2º ano) dos liceus, o 2º ciclo (5º ano) e o 3º ciclo 7º ano, ou seja o liceu completo. E para terem acesso a tais categorias tinha de concorrer através de provas práticas públicas. Não tinham a designação de assistentes, mas sim de oficiais e era como tal que lhes era atribuído o respectivo salário, independentemente das funções que desempenhavam, assumindo-as com sentido de responsabilidade e perfeccionismo, recebendo em troca salários aquém dos merecidos (excepção dos que não eram bons profissionais)..
      Hoje essas funções são desempenhadas por licenciados que, apesar do canudo que possuem, não fazem mais nem melhor do que faziam os outros.
      Quanto à mudança de designações, isso resulta da necessidade dos governos fingirem que fazem alguma coisa, que renovam o funcionalismo público, com isso enganando os próprios trabalhadores do Estado e a população em geral.
      Mas isso não se passa só na função pública. Também no sector privado vemos coisas iguais ou piores. É o caso, por exemplo, de chamarem COLABORADORES em vez de empregados aos seus trabalhadores, com o intuito de fazerem de conta que dignificam o seu trabalho, quando quem trabalha do que necessita é de salários justos.

    • Gostava de ver o que é que você faz na vida. Se calhar é um daqueles que respondeu a uma série de chamadas do Centro de emprego, e que sempre deu desculpas de que não podia trabalhar nisto ou naquilo, mas na verdade, sabe bem melhor viver à conta de quem desconta mesmo sendo funcionários públicos e que “andam a coçar micoses”. Por acaso sou funcionário de um hospital há 26anos(feitos agora em junho) , e só este ano e que subi para os 705€ de base. Se acha que é muito, então nunca deve ter trabalhado a sério. Muito mau gosto o seu comentário, e ainda por cima generalizando todos da mesma maneira. Que tudo lhe corra melhor, do que nos está a correr para nós.

    • …classe mais baixa!? e os que vão receber quase mais 350€ por mês, também são da classe mais baixa?
      Não os percebo, falam de quem vai ser aumentado mais 47€ por mês, mas dos que vão receber mais 350€ já ninguém diz nada… ainda por cima é a categoria da função pública que mais vagas têm sido abertas e ocupadas nos últimos anos.
      Um dia destes é só técnicos superiores nos hospitais a ajudar os enfermeiros a tratar dos doentes…

  2. E quem paga estes aumentos, se a economia não acelera e Portugal não cria mais riqueza?
    Será o privado que não tem uma mesada do Pai Estado?

  3. Para esclarecer, os assistentes técnicos são os antigos assistentes administrativos. Os porteiros, como são referido, são assistentes operacionais, que curiosamente trabalham em hospitais, escolas e outros sítios muito importantes nos cuidados prestados às pessoas e que muitas vezes dão uma ajuda inestimável.

    Quanto a economia, parece-me que a inflação veio para ficar e vai influenciar muitos setores de negócio. Quando ouço o SR Saraiva a queixar se das entidades patronais e dos altos salários que pagam, aos funcionários(salários míseros) gostava que fosse tornado publico quantas empresas há no país que nunca recorrem a subvenções públicas e fundos financiados e as que recorrem, que valores recebem.

    E ainda digo mais, andamos nós, sim, porque o estado somos nós, a distribuir benefícios a empresários para pagaram o salário mínimo.

    Pergunto eu, não seria altura de legislar nesse sentido, e as empresas que usufruissem de subvenções públicas tivessem que pagar salários acima do salário mínimo?
    Boa noite

  4. Há 37 anos que exerço funções administrativas, hoje designada a carreira de Assistentes Técnicos. Aufiro um vencimento de 847,00. Levo para casa 700 e pouco. É animador, não é? Depois de 37 anos de descontos, e demasiado desmotivador . Tenho o 12 ano, aulas presenciais, não ensino recorrente. Mas
    que tem 2 ciclo, ganha mais.

  5. Pois,o que eu gostava é que os impostos baixassem.
    O que eu gostava é que a economia fosse mais dinâmica e houvesse mais criação de riqueza.
    Quando se dá aquilo que não se tem, para se dar tem de se roubar a alguém. A quem é que o repugnante do Costa irá roubar desta vez para aumentar a mesada que o Pai Estado paga aos seus lacaios?

  6. Pois é, João, o Ponto nos Is já o elucidou. Mas eu acrescento que os antigos “assistentes administrativos” antes tinham a designação de escriturários, 3ºs oficiais, 2ºs oficiais e 1ºs oficiais. Os oficiais tinham o 1º ciclo (2º ano) dos liceus, o 2º ciclo (5º ano) e o 3º ciclo 7º ano, ou seja o liceu completo. E para terem acesso a tais categorias tinha de concorrer através de provas práticas públicas. Não tinham a designação de assistentes, mas sim de oficiais e era como tal que lhes era atribuído o respectivo salário, independentemente das funções que desempenhavam, assumindo-as com sentido de responsabilidade e perfeccionismo, recebendo em troca salários aquém dos merecidos (excepção dos que não eram bons profissionais)..
    Hoje essas funções são desempenhadas por licenciados que, apesar do canudo que possuem, não fazem mais nem melhor do que faziam os outros.
    Quanto à mudança de designações, isso resulta da necessidade dos governos fingirem que fazem alguma coisa, que renovam o funcionalismo público, com isso enganando os próprios trabalhadores do Estado e a população em geral.
    Mas isso não se passa só na função pública. Também no sector privado vemos coisas iguais ou piores. É o caso, por exemplo, de chamarem COLABORADORES em vez de empregados aos seus trabalhadores, com o intuito de fazerem de conta que dignificam o seu trabalho, quando quem trabalha do que necessita é de salários justos.

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