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Costa quis tornar StayAway Covid obrigatória (mas a app teria uma eficácia muito reduzida)

Manuel Farinha / Lusa

O primeiro-ministro na sessão de apresentação pública da aplicação de rastreio digital da covid-19 StayAway covid

Se a aplicação StayAway Covid fosse obrigatória, como o primeiro-ministro chegou a considerar, teria uma eficácia muito reduzida.

A StayAway Covid tem sido muito recomendada como uma das medidas para combater a propagação da pandemia de covid-19. António Costa chegou até a considerar tornar a sua utilização obrigatória, um facto muito contestado e que obrigou o Governo a recuar.

De acordo com o Expresso, a verdade é que as estatísticas continuam a desfavor da aplicação: dois meses e meio após ter sido disponibilizada aos cidadãos, mais de 2,6 milhões de pessoas descarregaram a app, mas os códigos não chegam a 3,3% dos casos registados desde então.

Rui Oliveira, administrador do INESC TEC, revelou ao semanário que foram até agora gerados pelos médicos 6.022 códigos e inseridos apenas 1.651. Tendo em conta que foram identificados 184.997 infetados desde setembro, a percentagem dos códigos a fazer chegar aos doentes fica-se pelos 3,26% – e nem todos foram inseridos na app.

O responsável admite que o crescimento da app está abaixo do que era esperado, mas acredita que o número de utilizadores aumentará “se o sistema no seu todo” passar a funcionar melhor.

“Estamos a trabalhar para tentar mitigar e resolver problema”. A solução, considera Rui Oliveira, “é tornar as coisas mais simples”. “Obviar a forma da geração de códigos e também a forma destes serem transmitidos aos doentes.”

ZAP //

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