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Sporting 2-0 Boavista | Plata fez xeque-mate às panteras

O Sporting venceu e convenceu. Os “leões” venceram neste domingo o Boavista por 2-0, num duelo relativo à 22ª jornada da Liga NOS.

Numa espécie de jogo de xadrez, os comandados de Jorge Silas fizeram xeque-mate às “panteras” de Daniel Ramos, com o jovem Gonzalo Plata a vestir a pele de Garry Kasparov, com uma assistência e um golo. Aliás, ambos os tentos foram estreias a marcar na competição.

O jogo explicado em números

  • Antes do apito inicial, destaque para as escolhas dos dois treinadores. Do lado leonino, e tendo em conta o triunfo ante o Basaksehir, realce para as saídas de Ristovski, Coates (castigo), Acuña e Bolasie e para as inclusões de Rosier, Tiago Ilori, Borja e Gonzalo Plata, respectivamente.
  • Do lado “axadrezado”, Daniel Ramos promoveu as entradas de Miguel Reisinho e Gustavo Sauer para as vagas de Marlon e Obiora, se tivermos como ponto de referência o desaire ante o Belenenses na última jornada da Liga NOS.
  • Os primeiros dois remates do encontro foram das “panteras”. O primeiro, de Paulinho, saiu ao lado, e o de Yusupha foi à figura de Luís Maximiano. No entanto, os “leões” foram felinos e letais: na primeira ocasião de golo que gizaram e no primeiro remate que fizeram, abriram a contagem.
  • Plata, na sequência de um livre, cruzou e a bola ficou à mercê de Sporar, que não vacilou e apontou o seu primeiro golo na prova.
  • O golo galvanizou o conjunto anfitrião, que começou a controlar as incidências do duelo de forma mais assertiva. Com muito critério e paciência na construção – 141 passes trocados e uma eficácia de 90% e 70% da posse de bola – de lances ofensivos.
  • Ao minuto 23, Gonzalo Plata, após excelente iniciativa, chegou a dilatar a vantagem, mais o lance acabou por ser anulado devido a posição irregular do extremo.
  • Neste período o campo estava “pintado” de verde. A equipa de Silas tinha, além da vantagem no marcador, 73% da posse de bola, três remates, dois dos quais enquadrados. Nos duelos ganhos registava-se um empate técnico – 15 contra 15 – e nos cantos, o Sporting tinha dois contra um dos boavisteiros.
  • Sempre ligado à corrente, Plata voltou a estar em evidência perto do intervalo. Abertura de Jovane, cruzamento de Borja e a bola acabou por chegar ao jovem equatoriano, que não desperdiçou a ocasião e ampliou a vantagem dos lisboetas. Foi o primeiro tento de Plata na Liga NOS e o segundo no decurso desta temporada.
  •  Exibição personalizada e consistente do Sporting, que marcou cedo e nunca mais deixou de comandar as operações, com mais posse de bola (67% contra 33%), remates (quatro contra dois) e duelos ganhos (26 versus 20).
  • O Boavista até começou o encontro cheio de boas intenções, mas o “castelo de cartas” desmoronou ao primeiro assomo de Sporar e prosseguiu com o passar dos minutos.
  • Nesta primeira metade, um elemento brilhou intensamente: Plata, Gonzalo Plata.
  • O camisola 20 teve um GoalPoint Rating de 7.7, que realça o golo que apontou – no primeiro e único tiro enquadrado que fez -, a assistência para o tento de Sporar e ainda três dribles eficazes em cinco tentados.
  • O recomeço da partida não teve grandes motivos de interesse. O Sporting controlava o ritmo e o Boavista demonstrava imensas dificuldades para ligar os sectores e ameaçar o último reduto contrário. 
  • Tivemos de avançar o relógio até ao minuto 74 para registar mais um momento de perigo. Num lance bem urdido e sempre em progressão, Borja centrou e o remate de Jovane saiu a escassos centímetros do poste direito da baliza defendida por Helton Leite. Foi o sexto remate dos “leões” no encontro, contra apenas três da equipa da Invicta Cidade do Porto.
  • Até ao apito final, à excepção de uma “bomba” desferida por Sauer – já em período de descontos -, que obrigou Maximiano à defesa do jogo, o emblema de Alvalade soube controlar a vantagem de dois golos e contabilizou o 12º triunfo na competição. Por seu turno, os “axadrezados” somaram o seu segundo desaire de rajada, após terem perdido na ronda anterior ante o Belenenses.

Mário Cruz / Lusa

O melhor em campo GoalPoint

Excelente exibição do equatoriano Gonzalo Plata. Sem medo de ter a bola e de arriscar nos lances de um para um – dos sete dribles tentados, quatro tiveram êxito -, foi uma constante dor de cabeça para os defensores contrários.

Assistiu – expected assists (xA) de 1.1 – Sporar para o “tento” inaugural e finalizou com frieza a jogada que decretou o resultado final.  O extremo foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 8.3.

Jogadores em foco

  • Vietto 6.4 – Com a saída de Bruno Fernandes, encontrou o seu lugar. Entre linhas, com total liberdade de motivos, é um tormento para os adversários. Este domingo fez um passe para finalização, cinco passes progressivos e somou 42 acções com a bola.
  • Jovane 6.3 – Esteve algo desaparecido na etapa inicial, mas deu sinais na segunda parte. Rematou uma vez de forma enquadrada, criou uma situação clara de golo, acertou os dois dribles que fez e ainda alcançou dois desarmes.
  • Sporar 6.2 – Dois remates, um golo, oito passes – seis certos e dois falhados – e 15 acções com a bola. Eis os números do esloveno nos 70 minutos em que esteve em acção. Estreou-se a marcar na Liga NOS.
  • Wendel 6.2 – O único pecado, o amarelo que viu e que fará com que não esteja disponível para a deslocação ao reduto do Famalicão. Sempre de cabeça levantada, foi um dos primeiros construtores das ofensivas leoninas, teve critério no capítulo do passe – 55 feitos e apenas dois falhados, ou seja, 96% de eficácia -, não falhou nenhum dos quatros passes longos e esteve perfeito nos dribles – três tentados e três certos.
  • Sauer 6.2 – O melhor jogador do Boavista no jogo. Já em período de descontos, rematou com perigo e “accionou” o voo de Luís Maximiano, que fez a defesa da noite. Foi a oportunidade mais clara do conjunto visitante.
  • Yusupha 5.9 – Foi o autor do primeiro remate enquadrado da partida. Tentou remar contra a maré e acabou por destacar-se com quatro dribles – em seis tentativas -, 41 acções com a bola, quatro duelos áereos ofensivos ganhos e sete recuperações de posse.

Resumo

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