Afinal, não foi por causa de José Sócrates que o “Prós e Contras” da RTP1 gerou polémica. O programa que voltou à antena do canal público nesta segunda-feira ficou marcado por uma troca acesa de palavras entre o comentador e escritor Miguel Sousa Tavares e o director do Correio da Manhã Octávio Ribeiro.
Antes do debate, o PS tinha mostrado a sua indignação pelo facto de o programa se dedicar ao tema da justiça, prevendo que seria o caso José Sócrates a dominar todas as discussões.
Mas foram, afinal, o ex-jornalista e actual comentador político Miguel Sousa Tavares e o director do Correio da Manhã, Octávio Ribeiro, a saltar para o centro dos holofotes, dado o tom acalorado com que se acusaram mutuamente.
“Aquilo a que pomposamente o Octávio chama de investigação jornalística”, Miguel Sousa Tavares, “limita-se a receber as informações das fontes”.
“Se tu nunca fizeste jornalismo de investigação isso é problema teu”, respondeu Octávio Ribeiro.
“Se quiseres visitar o Correio da Manhã, mostro-te como se faz“, acrescentou o director do CM, insinuando que o escritor “não sabe nada da profissão”.
Tudo começou quando Sousa Tavares abordou o tema da violação do segredo de justiça, queixando-se de uma suposta relação de interesses com trocas de “favores” entre magistrados e jornalistas.
“O segredo de justiça é um conceito contra-natura para o jornalista”, contrapôs Octávio Ribeiro, frisando que “o jornalismo atinge os seus momentos mais nobres quando investiga e trabalha à frente seja do que for”.
O director do Correio da Manhã acusou ainda Sousa Tavares de uma “cegueira de fé em José Sócrates” e de estar “enredado numa teia de compromissos” quanto ao caso BES, nomeadamente por causa das “ligações familiares” a Ricardo Salgado.
“Ó Octávio, estás a atacar a minha honra!”, queixou-se o escritor, que partiu para o ataque, notando que “o que Correio da Manhã faz não é jornalismo, é vender jornais”.
“Pode-te incomodar José Sócrates ter um nível de vida que lhe exige 15 a 20 mil euros por mês”, atirou Octávio Ribeiro, defendendo o seu jornal, “mas ninguém foi lá investigar, e o Correio da Manhã foi”.
SV, ZAP
Assisti pela televisão ao programa.Insultos acho exagero.Houve uma troca de pontos de de vista um pouco rude entre dois dos participantes.Sucede que não sendo um e outro (que me relevem a expressão a seguir) “cús de seda”, o resultado foi um tanto ou quanto fora do curial e nada mais.Gostei do programa.
Nada que nos admire do jornalismo de sarjeta de um tal ribeireito!
Insultos?!
Que escreveu isso deve ter andado a estagiar no Correio da Manhã!…
O MST não é nenhum santo, mas a escumalha do CM não tem vergonha nenhuma e pensa que pode fazer/dizer/escrever tudo o que lhes apetece!
O CM e CMTV não são para informar, mas sim para vender, como qualquer poderá comprovar a qualquer momento!!
Só um parvinho é que não vê isso, não é?
Com certeza que não houve insultos. Eu também vi e confirmo isso… O que há uma uma certa necessidade de sensacionalismo jornalístico, que como vemos não se limita ao correio da manhã, mas estende-se a serviços noticiosos como o ZAP.
Houve uma troca de opiniões sobre cada um deles, que não agradou a A nem a B. Cada um tentou acusar o outro de coisas que óbviamente não agradam ouvir… Mas há muita coisa que não agrada ouvir sem ser insultos.
MST a meu ver esteve melhor, porque simplesmente disse coisas que eram verdade sobre o Jornalismo do CM e que não são especialmente positivas. OR não gostou e tentou retorquir com tentativas baixas de denegrimento, sem qualquer objectividade… Às quais MST respondeu à altura.
Por exemplo, que MST diga que há trocas de favores entre magistrados e jornalistas e diga que OR sabe das coisas porque o telefone lhe toca na sercretária com fugas ao segredo de justiça… Só corresponde À verdade e por isso tem toda a razão em dizer que OR chama a isso jornalismo de investigação.
Agora que OR returca dizendo que MST nunca fez jornalismo de investigação, e que lhe ensina se ele for à redacção, não só é mentira (porque MST deu vários exemplos de reportagens de investigação que fez) como é uma clara reacção de raiva. Ele quis vingar-se ali mesmo porque a verdade lhe custou ouvir, e disse o primeiro disparate que lhe veio à boca. MST uma vez mais respondeu bem dizendo “não me digas que me queres convidar para estagiário”, quiça numa alusão a mão de obra barata usada pelo CM.
Exactamente!
Miguel Sousa Tavares não é da minha côr política, ( longe disso ) mas é um senhor do jornalismo e um bom escritor descendente de uma grande senhora escritora, das maiores que poortugal já teve !!! Por isso não tem nada que provar a alguém, muito menos a esse pasquim vendedor de ilusões e notícias bombásticas, que só descridibiliza o jornalismo português … Também não me admira como há gente a comprar as edições desse pasquim, bem como a ver o canal desse jornal da desgraça, quem vê e lê disso são as pessoas que não têem o mínimo de cultura !!!
Também estou convicto que existem pessoas que não gostam de ouvir (nem de ler) determinadas opiniões, por vezes, mesmo contrárias à nossa interpretação e análises, por muito que nos custe, são inteiras verdades !
Independentemente se houve ou não insultos, o povo necessita de mais clarificação, ainda mais nesta fase “pré-campanha”….. nem os candidatos têm explanado nem os debates têm conseguido fazê-lo….
Será que existe mesmo medo em falar de corrupção ?
O MST tem toda a razão. O que o CM faz não é jornalismo – é sensacionalismo para vender muitos jornais, e realmente só compra o CM quem tem uma cultura muito pobre, o que infelizmente quer dizer muita gente – e por isso vende bem…
Correio da Manhã pratica um “jornalismo” destinado a um universo de leitores pouco letrado que facilmente é influenciado, pela mentira, pelos escândalos e sobretudo, pelas práticas pidescas, como está a acontecer, há meses com as “notícias” sobre José Sócrates, repetidas exaustivamente todos os dias, com uma ou outra “novidade”, revelar que José Sócrates calçava ténis “Prada” de 420€ é confrangedor (destina-se ao povo mais mesquinho), a colaboração do ex-inspetor da PJ, detido na cadeia de Évora, que explicava o José Sócrates, ultrapassa todos os limites. O CM, para dar uma imagem de independência, devia tratar os casos BPN, BES, Submarinos e seus agentes, assim como outros de corrupçao com o mesmo empenho com que tem perseguido o caso ” mala do marquês” mas não. Além de uma opção ideológica, cultiva o pior do ” jornalismo”, alimenta a ignorância, o ódio, a mentira, degrada as relações sociais.
Ora você focou mesmo o busílis da questão!
Um bem haja!
CM e seus seguidores…como se diz na minha terra “FOGE COBRA”!…
Não defendendo o que o CM faz ou publica no seu jornal, não deixo aqui de manifestar que, se não fosse a comunicação social, mesmo ultrapassando alguns limites ou éticas, havia muitos casos que não vinham ao conhecimento público o que obrigou o Ministério Público a investigar.
Se não fosse a comunicação social investigar e denunciar casos, os GRANDES deste pequeno país até nos tiravam os olhos e “cagavam nos buracos”.
Cabe ao leitor saber ler um jornal……..
Finalmente alguma sensatez nisto tudo.
Em resposta ao comentador “Raposo”, eu tenho de dizer que concordo que há um medo sinistro em falar em corrupção. Salvo algumas excepções como Paulo Morais, José Gomes Pereira e algumas vezes (nem sempre) Medina Carreira, são raros os que apontam o dedo ao maior mal da política e da economia deste país: A corrupção.
Se não o fazem por receio, ou por acharem que é um mal, não direi necessário mas, inevitável… Sinceramente não sei. Mas quem conhece os números sabe que o impacto da corrupção na economia é uma barbárie!.. Um verdadeiro vazadouro!.. Um sorvedor dos recursos económicos do nosso país, a começar pelos impostos que todos pagamos.
Não me quero estender neste tema até porque não é sobre ele que versa este tópico de MST vs OR. Mas se nestes últimos anos houve alguma hipótese de meter travão, ou mesmo fim à desmedida corrupção deste país, essa hipótsese encontra-se na candidatura de Paulo Morais à Presidencia. Não estou a fazer campanha… Estou a falar de alguem que tem combatido a corrupção activamente e com poderes presidenciais o pode fazer com muito mais impacto.
O MST pensa que é mais esperto que os outros, para mim é um pedante com uma vida de burguês e pelo que aqui vejo os verdadeiros jornalistas são os que nada sabem ou descobrem, realmente é dramático tanta estupidez, é só inteligentes a escreverem nestes comentários.
Sabemos que no seio dos jornalistas há aqueles que… temem as “comadres”!
“O segredo de justiça é um conceito contra-natura para o jornalista”
O Correio da Manhã é um conceito contra-natura para o (verdadeiro) jornalismo!
Como ninguém tem a coragem de punir os abusos da liberdade de imprensa, declarações gravíssimas como esta, passam em claro.