Sondagens, sondagens… Atenção aos números do PS

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António Pedro Santos / Lusa

Pedro Nuno Santos; António Costa

Pedro Nuno Santos com António Costa

A vitória da AD parece ser certa, e com folga; mas as últimas duas eleições legislativas mostraram que os indecisos podem fazer a diferença.

As eleições só estão a acontecer por causa das suspeitas à volta do primeiro-ministro Luís Montenegro, devido à empresa Spinumviva, a AD poderia abanar, mas aparentemente vai vencer novamente. E com margem maior do que no ano passado.

Pelo menos, é esse o rumo apresentado por praticamente todas as sondagens ao longo das últimas semanas. Ainda nesta sexta-feira, último dia da campanha eleitoral, surge a última sondagem da Universidade Católica que coloca a coligação PSD/CDS com 34% dos votos contra 26% do PS.

Raul Vaz considera que, se estes números se confirmarem, será uma “vitória expressiva da AD” e ao mesmo tempo uma “derrota expressiva do PS”. Com AD e IL a formarem Governo, mesmo que sem maioria absoluta, “deveria ser viabilizado pelo PS”.

“Mas é preciso ter alguma cautela”, avisou o comentador político na Antena 1. Sobretudo por causa dos números que os inquéritos mostram sobre o PS.

É que, nas duas últimas eleições legislativas, as sondagens enganaram.

Em 2022, António Costa (PS) e Rui Rio (PSD) apareciam quase sempre empatados, o PSD chegou a estar à frente, pouco antes das eleições – e, afinal, o PS venceu as eleições com maioria absoluta.

Em 2024, a pergunta era “por quantos o PS vai perder”, porque muitas sondagens aproximavam Luís Montenegro da maioria absoluta – e, afinal, o PS quase ganhava. Só teve menos 50 mil votos do que a AD.

Nessas duas eleições, “vários estudos de opinião depreciaram os resultados do PS“, continua Raul Vaz.

E há mais: o número de indecisos continua a ser considerável nas sondagens deste ano; chegou a rondar os 20%. Em eleições anteriores, a maioria dos eleitores indecisos é de centro-esquerda – ou seja, muitos indecisos serão habituais (mas não certos) eleitores do PS.

ZAP //

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