20% de indecisos. Porquê? E vêm de onde?

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André Kosters / Lusa

Boletim de voto nas eleições regionais dos Açores 2024

Ao olhar para sondagens, tem que se olhar para os indecisos. Debates, centro-esquerda, contas sobre coligações: tudo se relaciona.

Tal como acontece há muitos anos, já foram publicadas dezenas de sondagens ao longo dos últimos três meses, tendo em vista as eleições legislativas do dia 10 de Março.

Seja qual for a força política à frente em cada inquérito, há algo que se tem destacado: a percentagem de indecisos.

Ainda na sondagem publicada nesta quarta-feira, da Universidade Católica, 20% das pessoas que responderam admitiram que ainda não sabem em quem vão votar.

20% é um número elevado. Maior do que os 17% do inquérito anterior (que já era um valor alto).

Para termos uma noção, a outra escala, entre 1 milhão de eleitores, haveria 200 mil que não sabem em quem vão votar – e isso faz muita diferença ao contar os votos.

E Anselmo Crespo, director na TVI/CNN Portugal, já tinha avisado que é preciso olhar com cautela para todas as sondagens, precisamente por causa disso: há muita gente que só vai definir o seu voto no dia 10 de Março. Isso aconteceu em 14% dos eleitores há dois anos, nas legislativas de 2022; agora essa percentagem até deve aumentar.

Mas porquê? Porque há tantos indecisos? Aliás, aparentemente mais do que no início da campanha eleitoral oficial.

Guya Accornero, professora de Ciência Política no ISCTE, admite que é complicado responder em concreto a essa questão. Mas acha que os principais partidos deveriam reflectir sobre esse assunto – porque o tempo passa e há mais pessoas indecisas.

Também na Antena 1, Bruno Ferreira da Costa apresentou uma hipótese: os debates não convenceram. Aliás, criaram mais dúvidas nos eleitores voláteis, que não têm um partido fixo.

O professor de Ciência Política na Universidade da Beira Interior destaca um aspecto importante: haverá muitos eleitores, mais “racionais”, que ainda estão a fazer contas ao pós-10 de Março. Ou seja, continuam a tentar perceber que cenários de coligação podem surgir.

Bruno Ferreira da Costa lembrou no entanto que, em eleições anteriores, a maioria dos eleitores indecisos é de centro-esquerda.

Traduzindo: muitos indecisos serão habituais (mas não certos) eleitores do PS. E isso pode favorecer os partidos mais à esquerda, embora sem certezas.

ZAP //

7 Comments

  1. Os indecisos tiveram todos a mesma proveniência: a barriga das mães e o contributo dos pais.
    Estão indecisos porque não sabem se ficam por cá, se vão embora, ou se preferem desnascer.
    Bolas, que já irrita esta obcessão com as sondagens!
    Não há pachorra…

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  2. Lucinda …. Con ironia , verdades são ditas . Sondagens só servem para orientar o Voto de quem não tem capacidade de opinião e escolha própria refletida .

  3. Atento,
    Obviamente. Já o referi algunas vezes por aqui.
    Não há preguiça mental que justifique a necessidade de haver sondagens, para que alguém possa decidir o voto.
    O que há, isso sim, são interesses ocultos, inconfessados e inconfessáveis. Sabemos de sobra e há muito.
    “Quando a guerra é porca, todas as armas são válidas”.

  4. A esta Lucinda, as sondagens pouco dizem. Todos percebemos porquê. Aliás tudo o que “vocifera” é previsível, é de racionalidade abjeta.

  5. O que há, isso sim, são interesses ocultos, inconfessados e inconfessáveis, como o demonstra o fanatismo desta senhora de nome Lucinda. Transparece um frenesim inquientante, quase um delírio, o que, em termos de saúde, deveria ser objeto de preocupação.

  6. “Não me lembro de ter autorizado o pagamento de 500.000 a uma funcionária”. Três dias depois: “Eh pá, peço desculpa, vi aqui no “whatsup” que afinal autorizei”. Esta anedota, aconteceu com uma espécie de governante, no cantinho da Europa, à beira-mar plantado, chamado Portugal!

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  7. Jorge Soares,
    Preocupado com a minha saúde?
    Ou será porque lhe “dou cabo da saúde” com as verdades que escrevo?
    A saúde desta senhora de nome Lucinda, está bem e recomenda-se, e proneto, para seu desgosto, (“verdadeiro case study”). continuar a atazanar-lhe a cabeça.
    Ou então, não leia! .
    É sua escolha.
    Há muitos e muitas a fazê – lo com gosto.

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