O exército russo depende cada vez mais de soldados mais velhos – mas estão “todos doentes”. É um problema grave, segundo os mais novos.
Rússia e Ucrânia estão em guerra há mais de dois anos e meio e, naturalmente, já perderam dezenas ou mesmo centenas de milhares de soldados ao longo deste tempo.
Do lado russo, o exército tem cada vez mais combatentes acima dos 45 anos, descobriu o portal Verstka. São os “avôs” russos.
Ao longo dos últimos dois meses chegam à linha da frente cada vez mais soldados voluntários mais velhos; alguns com 60 anos ou mais. No início de 2024 a idade média dos novos recrutas era de cerca de 40 anos, mas agora está perto dos 50.
Os mais velhos oferecem-se para ir para a guerra porque acham que os jovens devem ficar em casa.
Mas os soldados mais jovens da linha da frente acham que este é um problema grave: perante as exigências físicas da guerra, os recrutas mais velhos passam por problemas. Naturalmente não têm a resistência e a força dos mais jovens.
O Verstka descobriu uma mensagem de um soldado em Kharkiv, que avisa: “A idade média dos militares subiu definitivamente. Metade do nosso sector são soldados velhos e estão a ser ceifados”.
Em Donetsk, perante tantas perdas russas, têm chegado reforços constantemente, mas “metade das pessoas que chegam tem mais de 50 anos, talvez até mais. E nem todos conseguem chegar aos seus postos”, escreve outro soldado.
Já de Luhansk chegou mesmo um vídeo que mostra um soldado de 62 anos a lutar para andar na estrada. “São apenas velhos a ir para a batalha”, narra o soldado enquanto filma.
“O que está a pensar o nosso comando? Estes são os tipos de soldados que estão a recrutar. As pessoas alistam-se por tolice, mas as autoridades precisam de prestar atenção”, continua.
É uma situação “sombria”, descreve um oficial em Kherson: “Cerca de 40% dos soldados têm mais de 50 anos. E 75% dos recém-chegados são idosos. É triste, mas esta é a realidade”.
Mas esse oficial deixou outra perspectiva: “Honestamente, porém, prefiro estes rapazes do que crianças que acabaram de sair da escola.”
Um funcionário do gabinete do presidente da Câmara Municipal de Moscovo confirmou os números já mencionados, mas perguntou: “E então? Estão em forma. Têm experiência e podem superar qualquer jovem”.
Uma visão diferente tem uma fonte da capital: os soldados mais velhos “não conseguem acompanhar” o ritmo da guerra, não conseguem carregar mochilas pesadas e cavar trincheiras. “E estão doentes. Estão todos doentes”, acrescentou um militar. “As pernas doem, as cabeças doem e são lentos”, lamentou.
Os números de mortos confirmam esta tendência: dos dados disponíveis sobre 2024, praticamente metade dos soldados russos que morreram tinha mais de 45 anos.
O Kremlin aumentou a idade máxima para os militares contratados, no ano passado. Agora é de 70 anos.
Que tristeza de país esse que trata assim o seu povo e os povos de outros países!
Concerteza estes idosos que aceitam ir para a frente, são aqueles saudosos da URSS e o ditador Putin aproveita.
Com 70 anos ir para a guerra é uma vergonha civilizacional, mas ainda bem, mais um passo a caminho do fim para a Rússia, ditadura em desespero.