Um homem abriu fogo esta sexta-feira num comboio de alta velocidade entre Amesterdão e Paris, provocando 3 feridos, num ataque perto da estação de Arras, cidade do norte de França, na fronteira com a Bélgica, sendo depois controlado por dois passageiros norte-americanos que se encontravam a bordo.
Segundo a polícia, Ayob El Khazzani, de 26 anos, de origem marroquina, apanhou o comboio em Bruxelas com pelo menos uma pistola, uma arma automática Kalashnikov e várias armas brancas.
De acordo com fontes dos serviços anti-terrorismo de Espanha, citadas pelo El País, o atacante está referenciado em Espanha como um islamita radical, onde “manteve residência” durante um ano, até 2014, antes de regressar a França.
Os dois homens que dominaram o atacante são militares norte-americanos de licença, que seguiam a bordo do comboio.
Terá sido o som característico da Kalashnikov a carregar que chamou a atenção dos dois militares, Spencer Stone e Alek Skarlatos, que acabaram por deter o atacante antes que este conseguisse atingir os seus propósitos.
“Vim visitar uns amigos e logo na minha primeira viagem à Europa, travámos um atentado terrorista. É um pouco de loucos”, diz ao The Guardian Anthony Sandler, estudante norte-americano que viajava com os dois militares.
O primeiro dos norte-americanos a interceptar o atacante foi Spencer Stone, de Sacramento, na Califórnia, militar da Força Aérea, que ficou ferido sem gravidade.
O atacante foi finalmente travado por Alek Skarlatos, de Roseburg, no Oregon, militar da Guarda Nacional norte-americana.
Um porta-voz da Casa Branca afirmou que o presidente norte-americano, Barack Obama, expressou “profunda gratidão pela coragem e acção rápida de várias passageiros, incluindo membros do serviço dos EUA, que abnegadamente subjugaram o atacante”.
“É claro que a sua acção heróica pode ter evitado uma tragédia muito pior“, afirmou o porta-voz.
Há ainda assim a registar 3 feridos resultantes do tiroteio, dos quais dois em estado grave.
Pista terrorista
As autoridades francesas anunciaram que está a ser privilegiada a pista terrorista na investigação do tiroteio.
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, confirmou que a secção antiterrorismo de Paris e a subdireção antiterrorismo da Polícia Judiciária estão encarregadas da investigação, numa breve declaração na cidade de Arras, norte de França, para onde o comboio foi desviado após o incidente.
Bernard Cazeneuve, que disse que o incidente foi um “ato que pode revestir-se de natureza terrorista” e que se “impõe a maior prudência e precisão”, não deu dados sobre a identidade da pessoa detida.
Também o primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, disse que o tiroteio no comboio foi um “ataque terrorista”.
“Condeno o ataque terrorista e manifesto a minha solidariedade para com as vítimas”, escreveu Charles Michel na rede social Twitter.
O primeiro-ministro belga convocou o Comité Estratégico de Segurança para avaliar o nível de ameaça terrorista, segundo a agência noticiosa belga, que cita um porta-voz do Governo.
Charles Michel já se reuniu com o ministro do Interior, Jan Jambon, e apelou para o reforço das medidas de segurança.
O chefe do Governo belga também já contactou com o Presidente francês, François Hollande.
ZAP / Lusa
Os franceses entre outros estão bem servidos de população magrebina , continuem e acabarão eles próprios por se transformar num estado islâmico!