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“Rasteira” de Relvas agitou o duelo final entre Rio e Santana

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Hugo Delgado / Lusa

Os candidatos à liderança do PSD, Rui Rio (E), e Pedro Santana Lopes (D)

Pedro Santana Lopes e Rui Rio realizaram, esta quinta-feira, o último debate antes das eleições para a presidência do PSD. E contrariamente aos anteriores debates, desta feita o tom foi mais cordial e só Miguel Relvas imprimiu alguma crispação na conversa.

O debate final entre os dois candidatos à liderança do PSD que foi transmitido pela TSF e pela Antena 1 decorreu quase sem ataques pessoais e com gargalhadas pelo meio, num tom bem mais cordial do que aconteceu nos duelos televisivos.

O momento mais tenso da conversa foi quando Rio lançou uma farpa a Miguel Relvas, que apoia Santana Lopes, e que, numa entrevista ao jornal Público, refere que o candidato que vencer estas eleições só vai durar dois anos, prevendo uma demissão em caso de derrota nas legislativas.

“Deixe-me ganhar e vamos ver como é”, respondeu Rio a Relvas, salientando que se for eleito, não vai permitir “rasteiras” destas.

O que nenhum dos candidatos confirmou foi se se demitirá se perder as próximas legislativas.

Rio admitiu três cenários para as próximas legislativas. “O primeiro é ganhar com maioria absoluta ou incluir o CDS e o segundo é ganhar com minoria”, referiu, notando que o terceiro passa por “fazer uma gerigonça mais à direita” com o intuito de “retirar o PCP e o BE da esfera do poder” e de ter um PS “mais condicionado pelo PSD”.

“Bloco Central, nunca”, foi a reacção de Santana que volta a vincar que não viabiliza “governos minoritários do PS”. “Sempre fui contra o bloco central desde 1983”, frisou, considerando que é “um erro” e sublinhando que o PSD vai a eleições “para ganhar”.

Candidatos fugiram do tema Joana Marques Vidal

Os dois candidatos fugiram do tema da não renovação do mandato de Joana Marques Vidal à frente da Procuradoria Geral da República e concordaram na necessidade de “unir o partido”.

Também admitiram ambos a necessidade de alterar a Constituição, com Santana a notar que “deveria ser mais isenta” e Rio a defender que deveria ser “mais curta e linear”.

Por outro lado, Rio manifestou-se aberto à legalização do uso da canábis para efeitos terapêuticos e ao debate sobre a legalização da prostituição, enquanto Santana Lopes se diz abertamente contra as duas possibilidades.

Rio também assumiu que houve “pagamento de quotas em massa” no PSD, durante este processo eleitoral. “Não vamos ser hipócritas. Havia vinte e tal mil militantes no início e agora há mais de 70 mil”, constatou.

Os dois candidatos foram desafiados a revelarem as suas principais qualidades e Rio salientou a sua postura coerente, enquanto Santana sublinhou a sua capacidade de fazer obra.

Já do lado dos defeitos, Rio destaca a sua “idade” e Santana a “generosidade”. “Gosto de reunir, unir e perdoar. Em política, é preciso um certo killer instinct“, conclui o ex-presidente da Santa Casa da Misericórdia.

SV, ZAP //

4 Comments

  1. Não consigo perceber qual o problema do BE e PCP na esfera do poder. Só pq sim??? Temos o melhor governo desde os anos 70, com provas dadas e chapadas de luva branca a muita gentinha. Querem acabar com isso? Querem os tachos de volta p depois virem pedir desculpas passados uns anos???

  2. Debate fraquinho…
    Rui Rio conseguirá fazer Costa tremer, dificilmente, se for a votos em 2019.
    Santana se for escolhido, levará o PSD para a insignificância e para a maior derrota jamais vista, em 2019.
    Santana é a melhor escolha para Costa ter a maioria absoluta.
    É altura do CDS subir mais uns pontinhos, já que nenhum destes dois será uma grande oposição a Costa.

  3. Santana é o homem das trapalhadas, deixa tudo a meio foi assim na Figueira, em Lisboa, no Sporting, no governo expulso por Sampaio; tentou constituir um novo partido à margem do P.S.D.Aos 50 anos já estava reformado com 3.000E mês, sempre viveu do erário publico. Se eventualmente ganhar as diretas vai conduzir o partido a um beco sem saída, descredibilizado e sem retorno.

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