Só 10 funcionários públicos aceitaram mudar-se para o interior para trabalhar

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Fonte ministerial reconhece que os baixos números de adesão “incentivam à análise, reflexão e definição das medidas.

Apenas 10 funcionários públicos responderam positivamente ao “Programa de Incentivos à Fixação de Trabalhadores do Estado no Interior”, criado pelo Governo  com o objetivo de fixar população nas regiões menos populosas do país. A notícia é avançada pelo jornal Público, que cita fonte oficial do gabinete da secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires.

De acordo com as informações oficiais, 330 trabalhadores mostraram interesse no programa, mas apenas 10 efetivaram a mudança até meados de maio. Entre os territórios escolhidos estão concelhos como Abrantes, Castro Daire, Melgaço, Monforte, Sabugal, Tondela, Vieira do Minho, Vila Flor e Vila Verde. A maioria dos funcionários exerce as suas funções em regime de teletrabalho, ao passo que outros dois estão em mobilidade.

Tal como descreve a mesma fonte, as autarquias acolhedoras ficaram responsáveis por criar centros de teletrabalho para o efeito.

Nas palavras da secretária de Estado, o Governo empenhou-se “desde o primeiro momento, em garantir condições de encorajamento à adesão a este programa”. No entanto, os incentivos parecem não ter sido suficientes para atrair um número significativo de interessados. A fonte governamental reconhece que os resultados alcançados “incentivam à análise, reflexão e definição de medidas a adotar futuramente.”

Na sua essência, o programa destina-se aos trabalhadores com vínculo de emprego público integrados em carreiras gerais (técnicos superiores, assistentes operacionais e assistentes técnicos) que tenham disponibilidade para se deslocarem em teletrabalho ou por mobilidade para um dos 88 concelhos abrangidos.

No âmbito do programa está previsto um incentivo de 4,77 euros por dia de trabalho durante, no máximo três anos. Existem ainda outros incentivos que podem ser acumulados com os 4,77 euros e as ajudas de custo, nomeadamente mais dois dias de férias, cinco dias para se instalarem no território escolhido, a garantia da transferência escolar dos filhos ou o gozo de 11 dias úteis consecutivos de férias em simultâneo com o cônjuge.

ZAP //

5 Comments

  1. Se calhar o melhor era incentivar os que já estão no interior a não querer fugir de lá. Começando por alargar e melhorar a oferta educativa/formativa em horário pós-laboral, para que aqueles que desejam progredir não tenham que fugir para grandes urbes, que são os únicos locais que têm estas ofertas. Acabar com portagens nas antigas SCUTS para quem vive e trabalha nestas zonas. Incentivar e ajudar na fixação de empresas productoras (de prestação de serviços, revendas e centros comerciais já estamos mais que servidos!). E muitas outras que quem manda sabe mas faz de conta…

  2. Quando faltarem as batatas e outros artigos de 1ª necessidade nos supermercados das cidades ainda hão de vir muitos para as aldeias disputar terrenos nem que tivessem sido do seu trisavô!

  3. Curioso é que eu estou em mobilidade para o interior e não tive acesso ao programa! “Porque é um tipo de mobilidade que não se enquadra…”
    VÃO TODOS MAMAR!

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