Um sismo de magnitude 6,8 na escala de Richter abalou esta quarta-feira a Birmânia, informou o centro norte-americano de monitorização da atividade sísmica mundial, United States Geological Survey (USGS).
O sismo, registado a uma profundidade de 84 quilómetros, abalou edifícios em Rangum, a capital económica birmanesa, e foi sentido na capital tailandesa, Banguecoque, mas também em Calcutá, na Índia, e no Bangladesh.
Segundo o instituto norte-americano de geologia USGS, o epicentro do sismo localizou-se na região de Magway, em Chauk, uma pequena cidade do centro da Birmânia, a cerca de 30 quilómetros de Bagan, a “Cidade dos quatro milhões de pagodes”.
A polícia anunciou que o sismo de magnitude 6,8 danificou vários dos célebres pagodes de Bagan, o mais importante local turístico do país, com mais de 2.500 monumentos budistas.
“Vários pagodes célebres ficaram danificados durante o tremor de terra”, anunciou à agência France Presse um responsável da polícia de Bagan.
Uma turista espanhola ficou ligeiramente ferida quando visitava o local, numa queda devido ao abalo.
Aung Kyaw, responsável pelo sítio arqueológico de Bagan, indicou danos em “seis dezenas de pagodes” do local arqueológico mais célebre da Birmânia.
O sismo ocorreu ao final do dia, numa altura em que muitos turistas visitam o local para observar o por do sol sobre os milhares de pagodes.
“Um homem de 22 anos morreu no desabamento de um edifício” na localidade de Pakokku, na mesma região, declarou à AFP Han Zan Win, deputado do parlamento regional.
Segundo a Reuters, um funcionário do departamento de bombeiros da capital regional de Magwe disse que duas meninas foram mortas em consequência de um desmoronamento no município de Yenanchaung, ao sul de Chauk.
Numa zona industrial dos subúrbios de Dacca, duas dezenas de operários ficaram feridos quando tentavam fugir do edifício em construção onde trabalhavam, indicou a televisão local.
O USGS estimou que o impacto do sismo será “relativamente localizado”, mas alertou para a “grande vulnerabilidade” de muitos edifícios na região.
Bagan, com os seus milhares de pagodes budistas construídos entre os séculos X e XIV, é particularmente vulnerável.
A Birmânia espera que o local seja classificado como património mundial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
ZAP / Lusa / SN