Seis pessoas morreram e 420 ficaram feridas durante o pânico provocado por um sismo de magnitude 5,6 na escala de Richter em Argel e nas regiões circundantes da capital argelina, referiu hoje o Ministério da Saúde.
“Segundo um balanço hospitalar definitivo, registaram-se seis mortos e 420 feridos”, na maioria feridos ligeiros, indicou à agência noticiosa AFP um membro do gabinete de crise do Ministério da Saúde.
Entre os feridos, “21 pessoas ainda permanecem hospitalizadas e sete devem ser submetidos a intervenções cirúrgicas ainda hoje”, precisou.
Segundo a mesma fonte, quatro dos mortos lançaram-se das suas varandas ou janelas, e dois foram vítimas de ataques cardíacos.
De acordo com fontes oficiais, o pânico motivado pelo sismo foi responsável por todas as vítimas registadas. Acordadas subitamente durante o abalo, as pessoas dirigiram-se para as varandas e janelas e muitas precipitaram-se nas ruas por recearem a queda dos edifícios.
Faruk Achur, um porta-voz da proteção civil, disse à AFP que o sismo, registado às 05h11 locais (hora de Lisboa), não causou estragos importantes.
O Centro argelino de pesquisa em astronomia, astrofísica e geofísica (CRAAG) – que já registou 20 réplicas, incluindo uma de magnitude 4,3, 15 minutos depois do primeiro abalo –, precisou que o epicentro do sismo foi localizado no mar, 19 quilómetros a nordeste de Bologhine, um bairro de Argel.
“Este sismo insere-se na atividade normal da atividade sísmica da Argélia, que se situa no centro de duas importantes placas. Na Argélia, são registados cerca de 100 sismos por mês, mas a maioria não é sentida”, disse à AFP Kamel Lamali, investigador no CRAAG.
Em 2003, um sismo em Boumerdes, 50 quilómetros a leste de Argel, provocou cerca de 3.000 mortos.
/Lusa