A rede SIRESP vai colocar 451 antenas satélite nas áreas consideradas de risco de incêndio. A rede de emergência será reforçada em 189 concelhos.
Por despacho publicado esta quarta-feira em Diário da República, o Governo acordou com a SIRESP, SA (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) um reforço da rede e deu ordem para uma alteração unilateral do contrato com a operadora.
De acordo com o Público, ficou patente a “necessidade de alterar a parceria público-privada consubstanciada no contrato SIRESP, tendo em vista acomodar as referidas alterações ao sistema e os referidos serviços”.
Desta forma, as alterações e os serviços resultam, num primeiro momento, na compra pela empresa privada de 451 novas antenas, para garantir que haverá um sistema de redundância a assegurar as comunicações, caso a rede principal falhe, nomeadamente em caso de incêndio.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, adiantou esta quarta-feira, numa audição no Parlamento, que as antenas começarão a ser colocadas a partir de março e prevê que até ao final de maio estejam colocadas pelo menos 300 em “zonas prioritárias”.
As áreas prioritárias são definidas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e, ao todo, são 19 áreas que apresentam maior risco de incêndio para este ano. A maior parte dos incêndios de prioridade estão localizados a norte e centro do país, afetando 189 concelhos e 1.049 freguesias.
Ao Público, a SIRESP disse estar ” a colaborar ativamente com o Estado no sentido de desenvolver e implementar as melhores soluções para a evolução e melhoria da rede SIRESP”, mas não avançou detalhes sobre as alterações tecnológicas que estão a ser implementadas nos satélites, nem sobre os custos associados.