Sindicatos da TAP aceitam maiores cortes salariais para manter empregos

Os sindicatos e a TAP acordaram uma maior redução dos salários face ao planeado (25% acima dos 1330 euros) e uma diminuição do horário de trabalho, o que permitirá salvaguardar 704 postos de trabalho até 2024.

De acordo com o Público, isso ficou previsto no caso do acordo com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e com o Sindicato de Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA).

O SITEMA indicou que será aplicada já este ano “uma redução do período normal de trabalho para todos os profissionais sindicalizados, com a consequente redução de vencimento, modelo este que permite a manutenção dos 124 postos de trabalho”. Essas reduções serão de 15% em 2021, passando para 10% em 2022 e 5% em 2023, o que também acontece com os tripulantes de cabine.

Em 2024, esta medida acaba e “o período normal de trabalho volta a ser a tempo completo, sem prejuízo de acordos individuais que prevejam o trabalho a tempo parcial”.

Por parte dos pilotos, a única redução será sobre os 1330 euros, ficando acordado que 1252 pilotos terão uma diminuição salarial de 50% este ano, de 45% em 2022, de 40% em 2023 e de 35% em 2024, visando “a manutenção de postos de trabalho”.

Já o SITAVA (pessoal de terra) comunicou: “o que ficou plasmado no acordo que assinámos é que a TAP colocará à disposição dos trabalhadores medidas voluntárias a que os trabalhadores poderão aderir, e assim, se for do seu interesse, poderem beneficiar em termos individuais”.

Os sindicatos informaram que as medidas de adesão voluntária que a TAP apresentará aos trabalhadores inclui rescisões amigáveis, pré-reforma, reformas antecipadas e licenças sem vencimento de longa duração, além do trabalho a tempo parcial.

O SITEMA contou ter acordado um tecto de 50 funcionários ligados à área da manutenção que “poderão recorrer à transferência do seu vínculo contratual para a Portugália Airlines e a reformas antecipadas”. Com isso, disse ter salvo 174 postos de trabalho, com “zero despedimentos para associados”.

Sem um número fixo, o SNPVAC, e os pilotos, apostam nas adesões voluntárias, e também nas transferências para a Portugália para evitar despedimentos. No caso dos tripulantes, ficaram 166 tripulantes em risco (ao início eram 746).

Até agora, só o SITEMA é que levou a proposta fechada com a empresa para ser votada pelos seus associados, tendo sido aprovada.

Taísa Pagno //

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