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Sete detidos por desobediência ao estado de emergência, um “caso particularmente grave”

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Mário Cruz / Lusa

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita

Sete pessoas foram detidas hoje pelas forças de segurança por crime de desobediência no âmbito do estado de emergência, disse o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

“Verificaram-se sete detenções por constatação de factos que constituem crime de desobediência”, anunciou o governante, em conferência de imprensa após a primeira reunião da Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência, disse o ministro da Administração Interna.

Segundo Eduardo Cabrita, uma das detenções “foi um caso particularmente grave de violação do dever de confinamento“, enquanto os restantes seis casos “deveram-se a situações de incumprimento das indicações das forças de segurança relativamente a comportamentos ou relativamente a situações de circulação ou de prática de ajuntamentos não admissíveis”.

Esta estrutura, à qual preside o ministro da Administração Interna, irá voltar a reunir-se na terça-feira.

Câmara de Coimbra pediu intervenção da PSP

A Câmara de Coimbra pediu hoje a intervenção da PSP depois de ter tido conhecimento de um aglomerado de pessoas na Mata Nacional do Choupal e apelou à população para se recolher face à pandemia de Covid-19.

“Tendo chegado ao conhecimento da Câmara Municipal de Coimbra de um grande aglomerado de pessoas na Mata Nacional do Choupal, informa-se que o presidente da Câmara solicitou a intervenção das autoridades policiais, tendo em consideração as regras determinadas pelo Estado de Emergência que foi decretado”, informou hoje a autarquia, na sua página de Facebook.

Segundo fonte oficial do município, a autarquia tomou conhecimento da situação durante a tarde, através das redes sociais e de alguns contactos diretos, tendo chamado a PSP para “dar cumprimento às regras do Estado de Emergência”.

A Mata Nacional do Choupal, sob gestão do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, é um dos locais favoritos dos habitantes de Coimbra para correr e passear, especialmente ao domingo.

De acordo com a mesma fonte, o município espera que as pessoas respeitem as regras e diz também que “deve existir algum tipo de fiscalização e sensibilização nestes locais”. Para além desta situação, a Câmara de Coimbra pediu também hoje a intervenção da Polícia Municipal para dispersar as autocaravanas que estão estacionadas no Parque Verde do Mondego, referiu.

Na comunicação deixada no Facebook, a autarquia apela à população para que respeite as recomendações das autoridades de saúde e que se reserve “ao recolhimento domiciliário sempre que possível”.

Em Portugal, há 14 mortes e 1.600 infeções confirmadas. O país encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril. Além disso, o Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

// Lusa

4 Comments

  1. Ficar fechado em casa faz as pessoas pensarem na sua vida. Obriga as pessoas a conviver com a família. Todos os pequenos problemas se tornam grandes problemas. Os pais agora estão 24 horas com os seus filhos mal educados. Os filhos agora estão 24 horas com os seus pais chatos e dementes. Vai tudo correr bem. Para alguns a esperança de uma morte rápida torna o virus uma boa escusa para morrer. A justiça utiliza a prisão como castigo mais grave para os piores crimes e não é por acaso. Agora estamos todos de castigo. E desafio aqueles que culpam os chineses pelo virus a jogar fora todos os seus objectos fabricados pelo comedores de morcegos.

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