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Cientistas sugerem que os polvos podem sonhar

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Será que os polvos sonham? Os cientistas ainda não desvendaram este mistério, mas conseguiram chegar um bocadinho mais perto.

De acordo com um novo estudo, publicado esta quinta-feira na revista Science, os polvos, tal como nós, seres humanos, têm dois tipos de sono: “calmo” ou “ativo”. Para fazer esta descoberta, os cientistas filmaram quatro polvos, da espécie Octopus insularis, enquanto dormiam em tanques no laboratório.

Durante o chamado “sono calmo”, a pele destes animais estava pálida e as suas pupilas muito contraídas. Além disso, estavam quase imóveis e as suas ventosas e as pontas dos braços moviam-se, por vezes, de forma suave e lenta.

Porém, durante o “sono ativo”, a pele ficava mais escura e rígida, os olhos moviam-se os animais apresentavam contrações musculares, tal como se pode observar no vídeo seguinte.

O “sono ativo”, que normalmente dura cerca de 40 segundos, geralmente ocorre depois de um longo “sono calmo” e o ciclo repete-se a cada 30 a 40 minutos, relataram os investigadores na revista científica iScience.

Segundo a Science, estes dois estados são semelhantes aos dois estágios principais do sono dos mamíferos: o sono REM (movimento rápido dos olhos), no qual os sonhos acontecem, e o sono de “ondas lentas”, também chamado sono profundo, em que a atividade elétrica é sincronizada no cérebro.

Este ciclo alternado, também presente em pássaros e possivelmente em répteis, é considerado importante para consolidar memórias e limpar resíduos do cérebro.

Ainda assim, os cientistas querem ser cautelosos quanto ao facto de ligar estas semelhanças. Tal como nota Sidarta Ribeiro, neurocientista do sono do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, polvos e mamíferos têm arquiteturas cerebrais muito diferentes.

ZAP //

 

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