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Sem “ai” nem “ui”: É o fim da histórica missão do Japão na Lua

JAXA

Sem comunicação não há mais missão. Sem “ai” nem “ui” há quatro meses, a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial – JAXA – deu por terminada a missão da sonda japonesa SLIM, na Lua. Ainda assim, foi uma grande vitória.

No dia 19 de janeiro, o Japão fez história e entrou para o grupo restrito de países que levaram uma nave até à Lua e nela a fizeram pousar: União Soviética (1959), Estados Unidos (1966-72), China (2013) e Índia (2023).

À chegada, a sonda SLIM (Smart Lander for Investigating Moon) “bateu com a cabeça” e “adormeceu”. Nove dias depois, conseguiu acordar – o que foi, desde logo, uma grande vitória.

Entre hibernar e despertar, a SLIM foi conseguindo sobreviver às temperaturas geladas da noite lunar. Mas a 28 de abril perdeu definitivamente a comunicação com a Terra.

Neste cenário, a JAXA declarou, na sexta-feira, a conclusão das operações da SLIM, depois de “demonstrar resultados que foram além dos objetivos iniciais”, incluindo ter sobrevivido às temperaturas geladas de três noites lunares.

A agência japonesa planeia agora publicar um documento com todas as conquistas da investigação SLIM no próximo outono.

Quando pousou na lua, a 19 de janeiro, a sonda teve um problema no motor, tendo aterrado num ângulo que privou as células fotovoltaicas de luz solar.

Depois de um período inicial de inatividade de cerca de dez dias e um primeiro despertar, a sonda foi colocada em hibernação e sobreviveu à primeira noite lunar, antes de voltar a dormir no início de março.

Uma outra sonda, a Odysseus, enviada pela empresa privada norte-americana Intuitive Machines, também conseguiu aterrar na Lua no final de fevereiro. No entanto, a empresa, que inicialmente esperava reativá-la após a noite lunar, anunciou em março o encerramento definitivo da sonda.

A Odysseus foi a sonda que aterrou mais a sul na Lua, uma zona de particular interesse para as grandes potências porque contém água sob a forma de gelo.

A agência espacial norte-americana NASA espera retomar os voos tripulados à Lua no âmbito do programa Artemis.

ZAP // Lusa

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