Se a Superliga Europeia avançar, assim como as ameaças da UEFA, a seleção das quinas poderia ficar sem oito jogadores, tendo em conta a última convocatória para os jogos de qualificação para o Mundial 2022.
A notícia caiu que nem uma bomba no mundo do futebol. Este domingo, 12 clubes anunciaram a criação da Superliga Europeia, uma competição de elite, concorrente da Liga dos Campeões, em oposição à UEFA.
São eles: AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham.
A UEFA, organismo que tutela o futebol europeu, já ameaçou excluir estes clubes das competições internacionais e nacionais e de impedir os jogadores de representar as suas seleções nacionais.
“Os jogadores que entrem nessa liga serão banidos de entrar em Mundiais e Europeus. Pedimos a todos que nos apoiem para garantir que isto nunca aconteça”, garantiu Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, numa conferência de imprensa esta segunda-feira, citado pelo jornal online Observador.
Caso esta Superliga Europeia avance, assim como as ameaças da UEFA, isto significa que o selecionador Fernando Santos não poderá contar com muitos dos seus mais importantes jogadores.
Tal como explica o jornal O Jogo, se tivermos em conta a última convocatória do selecionador das quinas para os jogos de qualificação para o Mundial 2022 com o Azerbaijão, a Sérvia e o Luxemburgo, a seleção portuguesa poderia perder oito jogadores, nos quais se inclui o capitão Cristiano Ronaldo, que joga na Juventus.
Mas também Bruno Fernandes, que atua no Manchester United; Bernardo Silva, Rúben Dias e João Cancelo, jogadores do Manchester City; Diogo Jota, avançado do Liverpool; Cédric Soares, que defende o emblema do Arsenal; e João Félix, do Atlético de Madrid.
Além destes oito titulares, há também o caso de Francisco Trincão, que joga no FC Barcelona e que já foi chamado à seleção principal. E recorde-se que os portugueses Diogo Dalot e Rafael Leão também jogam pelos italianos do AC Milan.
Às ameaças da UEFA já se juntaram a Federação Inglesa de Futebol e a Premier League; a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e a La Liga; e a Federação Italiana de Futebol (FIGC) e a Serie A.
“Permaneceremos unidos nos nossos esforços para acabar com este projeto cínico, um projeto que se baseia no interesse de alguns clubes num momento em que a sociedade precisa mais do que nunca de solidariedade”, lê-se no comunicado divulgado em reação ao anúncio da Superliga Europeia.